Veja a diferença entre comprar um carro de luxo ou aderir a um serviço de assinatura
Este ano, o setor de serviços ampliou seu espaço na vida das pessoas, principalmente no que diz respeito à mobilidade. Com o isolamento social que nos foi imposto pela pandemia de Covid-19, as alternativas para evitar aglomerações nos transportes públicos – os aplicativos de transporte como Uber e Cabify – ganharam protagonismo. Além disso, o baixo deslocamento de um número grande de pessoas, principalmente nas metrópoles, está levando um contingente cada vez maior de motoristas a se perguntarem se vale a pena comprar um carro ou se um serviço de assinatura seria mais vantajoso.
Rodrigo Capuruço, diretor da Volkswagen Financial Services Brasil, diz que as montadoras têm investido neste novo modelo de negócio e consumo não apenas pela percepção na mudança como as pessoas estão enxergando a mobilidade, mas também pela praticidade, visto que grande parte dos serviços de aluguel por assinatura podem ser contratados de forma totalmente digital. “Temos um conceito de mobilidade como serviço que sintetiza a nossa visão que não se resume a oferecer um veículo. A mobilidade vai ser consumida como serviço e isso vai acontecer em uma ambiente cada vez mais digital e desburocratizado”, diz ele. “A VW Sign&Drive, serviço de aluguel da Volkswagen, é um produto de ponta a ponta: você contrata digitalmente por meio do site em seis passos. A única etapa presencial é a entrega final do carro. Tudo isso são atributos de valor de um processo amigável e prático. O benefício não está apenas no valor, mas em toda a comodidade atribuída ao produto.”
Capuruço tem razão. A cada dia que passa, há novas opções em serviços para aluguel de carros por períodos mais longos. A facilidade é um argumento forte, já que os adeptos desse modelo não precisam se preocupar com as burocracias – e os custos – de seguro, emplacamento, IPVA, licenciamento e manutenção. Tá tudo incluído no pacote. A pior parte, para quem ainda não desapegou e considera o carro uma parte do patrimônio, é justamente o fato de que, no final do contrato, o veículo é devolvido à prestadora do serviço. Entretanto, há sempre a possibilidade de renovar a assinatura e optar por um novo automóvel. É a oportunidade perfeita para trocar de carro, gastando muito menos.
Daniela Gomes, gerente sênior do Energy Group, empresa voltada para a otimização de custos empresariais e terceirização, diz que o momento é favorável porque o público hoje não tem tempo. “A Energy vê o setor de locação como um todo com otimismo. Antigamente, o aluguel era bem aceito em casos de viagem, mas agora o serviço está partindo para algo mais cotidiano. Fora que a população começa a perceber que é desvantajoso e contraprodutivo ficar gastando com manutenção, seguro, financiamento, blindadora e ainda ter que se preocupar com a desvalorização desse carro. Quando colocado na ponta do lápis, o carro alugado é uma vantagem, já que evita as dores de cabeça de uma compra e gestão do bem”, diz ela. A empresa oferece aluguel de carros de alta performance na modalidade de assinatura por meio da Energy Fleet Services, o que inclui veículos blindados – recurso que pode custar até R$ 50 mil para proprietários interessados em reforçar a segurança.
O mercado se mostra bastante promissor: a Drive Select, que começou sua operação este ano, registrou uma demanda 30% superior ao esperado na procura de carros premium por assinatura. O mercado de luxo também requer segurança redobrada e, neste quesito, a Osten Fleet, programa de aluguel de carros de luxo por assinatura do Osten Group, teve aumento de 150% na busca por automóveis para aluguel blindados. “Existe sempre uma busca por praticidade, e essa mudança de hábito na forma de consumir é primordial para o sucesso deste mercado”, comenta Daniela.
Outro bônus em manter um carro por assinatura é a possibilidade de investir o valor que seria dedicado à compra do automóvel e fazer com que esse dinheiro trabalhe a seu favor, gerando rendimentos e não gastos.
Quando o assunto é financiar um automóvel, a locação sai na frente mais uma vez: há instituições financeiras que têm taxas pré-fixadas que chegam a 51,47% por ano de financiamento, segundo a tabela do Banco Central. Isso significa que, no final, o proprietário que optou por essa modalidade de compra terá pago muito mais do que um único carro, cuja depreciação pode chegar a 80% do valor contábil.
Veja, abaixo, uma simulação que compara os valores investidos na compra e no aluguel de uma BMW X1 25i Xdrive pelo período de dois anos. Os valores levados em consideração quanto à depreciação contábil, seguro e IPVA são as médias praticadas no mercado. A tabela não contempla os juros de um eventual financiamento e o valor das franquias de sinistros.
Outra vantagem do serviço é que as operadoras oferecem suporte total ao cliente. Em caso de imprevistos ou manutenção, as empresas disponibilizam, de forma gratuita, um veículo reserva, além de assistência 24 horas e customização do veículo de acordo com as necessidades do cliente.
Mas o aluguel por assinatura também tem suas regras: normalmente, os serviços de locação estipulam a quilometragem máxima que o carro pode rodar ao mês. Caso o valor seja ultrapassado, é cobrada uma taxa que pode variar de R$ 0,33 a R$ 1,80 por quilômetro excedente. Então, se seu perfil de uso de um carro é voltado para viagens frequentes, o aluguel por assinatura pode não compensar.
Veja, na galeria de imagens a seguir, 12 modelos de carros de alto desempenho que podem ser locados pela modalidade de assinatura e seus valores de compra: