"Carro elétrico é inviável no Brasil", diz 2º maior vendedor do país
“Carro elétrico é inviável no Brasil”. Esta é a opinião de Sérgio Habib, presidente do grupo SHC, empresa responsável pela importação oficial dos carros chineses da JAC e dos ingleses da Aston Martin. O empresário é responsável pelo segundo maior grupo vendedor de carros do país, com cerca de 27 mil veículos emplacados por ano em mais de 100 concessionárias de marcas como Citroën, Volkswagen e Jaguar Land Rover, além da JAC. Na primeira posição do ranking está o Grupo Caoa, de Carlos Alberto de Oliveira Andrade.
“Para que o carro elétrico dê certo é preciso de infraestrutura [postos reabastecedores e geradores de energia domésticos, por exemplo], algo que não existe e é totalmente infactível em metrópoles como São Paulo”, afirmou Habib durante apresentação da linha 2014 das versões flex do compacto JAC J3 (R$ 39.990 para o hatch, R$ 41.690 pelo sedã).
“Para piorar [a situação dos elétricos], no Brasil existem incentivos ao álcool, o que desfavorece totalmente esse tipo de mobilidade”, completa.
O executivo lembra que as grandes cidades do país têm enfrentado problemas com o abastecimento de energia doméstica e que parte da produção de eletricidade vem de termoelétricas, criticadas pela poluição causada. E termina com uma crítica ácida: “O governo vai anunciar incentivos a estes tipos de mobilidade, mas só para aparecer”.
Por André Deliberato, do Uol.