Com medidas de higiene, Lime retoma operação de patinetes no Rio de Janeiro
Para a americana Lime, o novo normal abre oportunidades para suas patinetes elétricas. As pessoas estariam buscando meios de transporte de uso individual e ao ar livre. Por isso, a startup anunciou a volta de suas operações na cidade do Rio de Janeiro.
“A Covid-19 reformulou a forma como vivemos e trabalhamos, e quase todas as facetas de nossos dias refletem essa nova realidade. É claro que as cidades e os ciclistas estão repensando seus passeios após a reabertura. Na Lime, estamos adaptando nossos negócios às novas formas de locomoção das pessoas”, escreveu em comunicado Wayne Ting, CEO da Lime.
A Lime havia anunciado o encerramento de suas operações no Rio de Janeiro e em São Paulo no começo deste ano. A startup afirmou na época que a decisão se deu como “parte de uma estratégia global para alcançar a sustentabilidade financeira”.
A dinâmica das viagens de patinetes elétricas mudou comparando-se números atuais com os do mês anterior à quarentena. Segundo a Lime, as pessoas estão andando de patinete por mais tempo. Houve um aumento de 34%, de 9,72 minutos para 13,1 minutos. As pessoas também percorrem distâncias mais longas. Houve um aumento de 18%, de 1,69 km para 2,05 km. As horas de uso estão mais bem distribuídas ao longo do dia e as viagens originárias de bairros residenciais e intrabairro aumentaram.
É um momento misto para o mercado brasileiro de micromobilidade. O anúncio da Lime ocorre no mesmo momento em que as startups de compartilhamento de bicicletas e patinetes Yellow e Grin, que fundiram seus negócios sob o nome Grow, entraram com pedido de recuperação na 1.ª Vara de Falências da Justiça de São Paulo. As dívidas apresentadas somam cerca de R$ 40 milhões.