A GM anunciou nesta terça-feira (28) um investimento de R$ 6,5 bilhões no Brasil até 2019 para a produção de uma nova família global de veículos, que será fabricada no Brasil e em outros países emergentes a partir de 2019. A marca almeja produzir 2,5 milhões de unidades no mundo por ano, a partir de 2020.
Estes R$ 6,5 bilhões divulgados agora complementam outros R$ 6,5 bi anunciados em agosto do ano passado (totalizando os R$ 13 bilhões), que fazem parte do planejamento da marca para a construção de veículos compactos para mercados emergentes em acordo com a chinesa Saic. Sabe-se, por enquanto, que o sucessor do Celta será derivado visualmente da nova geração do Spark.
Mark Lennihan/AP
Chevrolet Spark 2016 deve ser a base visual da ?próxima geração do Celta
 
Produzida por um time multinacional de engenheiros (que inclui alguns brasileiros), a nova linha será inteiramente feita sobre uma  plataforma totalmente nova, não terá qualquer derivação ou compartilhamento de peças com a atual GSV (que produz a linha Onix/Prisma/Cobalt/Spin/Cruze/Tracker) e será focada em segurança ativa e passiva, tecnologia e baixo consumo de combustível.
“Estamos cientes da atual situação econômica do Brasil, mas acreditamos no país e na recuperação do mercado, que é fundamental para a GM”, explica Jaime Ardila, presidente da General Motors América do Sul. “Já passamos por situações complicadas no Brasil e em outros lugares e nos saímos muito bem. É por isso que estamos apostando e investindo novamente por aqui”, complementa Dan Ammann, presidente global da GM.
Divulgação
Nova família começa a ser feita no Brasil em 2019, mas ainda não se sabe em qual fábrica
 
Que carros são esses?
Serão seis modelos, sendo que nenhum deles é do segmento de entrada (onde hoje habitam Celta e Classic) ou de luxo (acima do Cruze). Os novos carros formarão praticamente a nova gama da marca.
Por dedução, é possível imaginar quais são estes modelos, levando-se em conta que Cruze, Camaro, Malibu, Volt e Corvette foram recentemente atualizados e ganharam nova geração — e que uma nova família subcompacta está em desenvolvimento para substituir Celta e Classic entre 2016 e 2017.
(Linha atual | Linha 2019)
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“Novo Celta” Chega entre 2016 e 2017 
 
 
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Classic Continua até 2016 
 
 
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“Novo Classic” Chega entre 2016 e 2017 
 
 
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Onix Continua até 2019; deve ter um facelift em breve 
 
 
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“Novo Onix” Chega em 2019 (nova família) 
 
 
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Prisma Continua até 2019; deve ter um facelift até lá 
 
 
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“Novo Prisma” Chega em 2019 (nova família) 
 
 
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Cobalt Continua até 2019; deve ter um facelift em breve 
 
 
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“Novo Cobalt” Chega em 2019 (nova família) 
 
 
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Montana Continua, mas não por muito tempo 
 
 
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“Nova Montana” Pode chegar em 2019 (nova família) 
 
 
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Spin Continua até 2019; deve ter um facelift 
 
 
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“Nova Spin” Chega em 2019 (nova família) 
 
 
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Novo Cruze Já existe e chega entre 2016 e 2017 
 
 
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Tracker Continua até 2019; deve ter um facelift 
 
 
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“Novo Tracker” Chega em 2019 (nova família) 
 
 
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Captiva Continua enquanto houver estoque 
 
 
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“Novo Captiva” Não deve existir para abrir espaço ao Tracker 
 
 
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Novo Camaro Já existe e chega entre 2016 e 2017 
 
 
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Trailblazer Continua normalmente 
 
 
 
Note que há seis futuros modelos que podem ser da “nova família”, mas vale ressaltar que esta é uma suposição de UOL Carros e estes dados não são da Chevrolet. Outro fator importante: os nomes dos carros podem, ou não, continuar os mesmos, decisão que vem exclusivamente do departamento de marketing.”Não vamos entrar em detalhes sobre o investimento, mas podemos adiantar que os novos carros terão o máximo em tecnologia, conectividade e modernidade que um Chevrolet pode oferecer”, avisa Ammann.
 
Dan Ammann, presidente global da GM, veio ao Brasil fazer o anúncio
Motor 3-cilindros?
Além da plataforma totalmente nova, o investimento também inclui o desenvolvimento de novos motores e caixas de câmbio. “Estamos sempre atentos ao mercado e trabalhando em um motor pequeno, mas não podemos ainda falar em número de cilindros. Podemos apenas dizer que ele será uma obra-de-arte”, revela Ardila.
A GM ainda não definiu em qual das fábricas brasileiras (São Caetano do Sul e São José dos Campos, em SP; e Gravataí, no RS) os modelos serão produzidos e também cogita produção em outros mercados sulamericanos, como na Argentina, por exemplo.
“Queremos manter a força da nossa marca, como somos hoje no varejo; ter uma aliança ainda melhor com nossa rede de concessionárias; e oferecer produtos globais e de qualidade para os clientes. Estes são e sempre serão nossos três pilares no país”, finaliza Santiago Chamorro, presidente da GM Brasil.
Nacho Doce/Reuters
Dan Ammann, da GM global, fala com Jaime Ardila, presidente da GM América do Sul