Apostando no etanol, VW promete seis modelos híbridos flex em 5 anos
O tempo avança e com isso aumenta a pressão das montadoras para eletrificar suas frotas. Na Europa, por exemplo, essa nova realidade parece estar bem mais próxima, muito por conta da medida adotada pela União Europeia de proibir a venda de carros a combustão a partir 2035. Mas e no Brasil, qual é o principal motivo que nos atrasa em relação ao Velho Continente?
Para o presidente da Volkswagen na América Latina, o argentino Pablo Di Si, é a falta de infraestrutura. Em entrevista à Folha de São Paulo, o executivo afirmou que esse é um problema em comum de todos os países sul-americanos e que isso afeta crescimento dos elétricos por aqui. ”Ninguém vai querer investir em um carro elétrico, que ainda tem um custo bem maior que o dos convencionais, para ficar rodando apenas na cidade.” explica Di Si.
Como alternativa, a Volks já tem um plano em mente: investir em veículos híbridos flex, movidos a gasolina e etanol. A fórmula é simples. Basta adaptar os motores híbridos atuais vindos da Europa e usufruir de um combustível e infraestrutura abundantes no país. O projeto já recebeu o sinal verde da matriz alemã.
Para isso, a empresa está investindo na construção de um centro de pesquisas e desenvolvimento de biocombustíveis no Brasil. A ideia foi vendida aos chefes alemães pelo CEO argentino, que pretende exportar as tecnologias criadas aqui para outros mercados emergentes, como a Índia.
Para os consumidores, esse trabalho da VW já será refletido em novos modelos. Nos próximos cinco anos, Di Si confirmou que serão lançados seis veículos híbridos flex no Brasil. Ainda não sabemos se serão carros novos ou conversões dos que já temos por aqui — mesmo essa experiência não tendo dado muito certo com o híbrido plug-in Golf GTE, que encalhou e foi vendido para locadoras.
Recentemente, a empresa falou que não ficará dependente da linha ID, representada pelos SUVs elétricos ID.3, ID.4 e ID.5. A ideia é que modelos já conhecidos também sejam eletrificados, como é o caso do Jetta, há mais de 10 anos no mercado brasileiro.
Fonte: quatrorodas