Covid-19: concessionárias garantem estoque de carros por 60 dias
A Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), por enquanto, não muda as projeções de crescimento para 2020. A entidade que representa mais de 7.100 concessionárias no país, porém, não descarta mudanças para o próximo relatório, em abril, por causa dos efeitos do novo coronavírus.
Em comunicado, o órgão garantiu estoques da rede para o período dos próximos 45 a 60 dias. Também se solidarizou com as vítimas da pandemia do Covid-19 e reforçou o empenho em colaborar para que a doença não se propague.
“Para isso, essa Federação já encaminhou comunicado às associações de marca e suas concessionárias filiadas, de todo o país, contendo medidas preventivas, orientadas pelo Ministério da Saúde, autoridades sanitárias e adaptadas à nossa realidade, de forma a garantir a saúde e a vida de todos os colaboradores e clientes do nosso setor”, diz a nota.
O setor automotivo começou a sentir os eventos do novo coronavírus. Fábricas de automóveis, por exemplo, adotaram o teletrabalho em alguns setores. Diversos salões de automóveis, como o de Nova York, também foram adiados.
Estoques normalizados
A Fenabrave afirma que nada aponta para a redução nos emplacamentos de veículos, como impacto do coronavírus. “Hoje, os estoques das concessionárias encontram-se normalizados, com garantia de abastecimento entre 45 a 60 dias, para os segmentos em geral”, informa a entidade.
“Caso haja falta de peças e componentes para a produção industrial, é provável que tenhamos queda nos estoques das redes, mas esperamos que a situação se normalize antes que faltem veículos nas concessionárias”, avisa.
“A Fenabrave manterá suas projeções para o ano de 2020 até o próximo mês de abril, quando revisará suas expectativas de mercado e, certamente, teremos um cenário e panorama mais claros, sobre a crise provocada pelo Covid-19”, termina a federação.
Na primeira projeção para 2020, a Fenabrave indicava novo crescimento das vendas, com o emplacamento de pouco mais de 3,05 milhões de unidades. A última vez em que o mercado ultrapassou a marca de 3 milhões ocorreu em 2014 — no total houve venda de 3,5 milhões de automóveis.
O crescimento esperado de veículos leves era de 9%. No caso dos pesados, o índice seria de 22,3%. E para motos, 9%.
FONTE: Metrópoles