Terceiro trimestre fecha com alta de 11,6% na produção e 14,3% nas vendas sobre o período anterior

As montadoras de veículos do Brasil devem conseguir acelerar o crescimento até o final do ano e superar as estimativas do setor divulgadas em julho, impulsionadas por novos lançamentos e a forte demanda de locadoras.

Devido à alta dos juros e os critérios seletivos dos bancos na concessão de crédito, são as entregas para clientes frotistas, tais como locadoras, que ajudam a compensar as restrições no varejo.

Média diária de 9,2 mil emplacamentos em setembro foi a melhor do ano

O fechamento do trimestre representou mais um importante degrau na recuperação do mercado automotivo brasileiro neste ano, após um primeiro trimestre tímido em função da falta de componentes eletrônicos, e de um segundo trimestre de início de melhora. Na soma dos meses de julho, agosto e setembro, a produção de autoveículos foi de 665 mil unidades, 11,6% a mais que no trimestre anterior. Sob o mesmo ângulo de comparação, as vendas cresceram 14,3% e as exportações recuaram 15,2%.

O levantamento mensal feito pela ANFAVEA (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), registrou em setembro números inferiores aos recordes de agosto, muito em função do mês com dois dias úteis a menos. “Historicamente, setembro não repete os bons números de agosto, um mês mais longo e sem feriados. É importante de destacar a contínua evolução da média diária de vendas desde janeiro, atingindo 9,2 mil emplacamentos por dia útil, melhor resultado do ano, indicando que as projeções da ANFAVEA serão atingidas”, afirmou o Presidente Márcio de Lima Leite.

Na comparação de setembro com agosto, a produção de 207,8 mil autoveículos foi 12,7% menor.  Os emplacamentos de 194 mil recuaram 7% e as exportações de 28,5 mil caíram 39%, em função das recentes restrições impostas pela Argentina, do esgotamento da cota de isenção para a Colômbia e de problemas logísticos. Porém, quando comparados a setembro de 2021, todos os índices melhoraram: 19,3% de alta na produção, 25,1% nas vendas e 19,3% nas exportações.

Quando o parâmetro é o acumulado do ano, houve ganhos na produção (6,3%) e nas exportações (31,2%). Além de leve recuo nos emplacamentos (4,7%). O segmento com recuperação mais consistente é o de ônibus. Alta acumulada no ano de 63,6% na produção, 8,8% nos licenciamentos e 39% nos embarques para outros países.

Caminhões

O setor de caminhões, em contrapartida, mantém patamares muito similares aos do ano passado. Quando teve robusto crescimento em função do agronegócio e da onda do delivery. Espera-se uma alta nas encomendas de frotistas durante a FENATRAN. A maior feira latino-americana de transportes, prevista para os dias 7 a 11 de novembro, no São Paulo Expo.

As máquinas autopropulsadas continuam a apresentar excelente desempenho. As rodoviárias tiveram no acumulado até agosto (há defasagem de um mês nos números) crescimento de 33% nas vendas e de 19% na exportação. Já as agrícolas registraram alta de 24% nas vendas no atacado e 11% nos embarques a outros países. A disponibilidade de recursos para financiamentos poderá melhorar esses resultados.

Fonte: Anfavea

Entregas para locadoras, que ajudam a compensar as restrições no varejo.

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