6 perfis serem evitados em parcerias profissionais
Já se tornou um clichê a afirmação de que ninguém vai muito longe sozinho. Tudo bem… o seu talento, a sua tenacidade, a sua capacidade de realização fazem sim toda diferença, mas há um limite no horizonte para os solitários na vida profissional.
Neste contexto, o conceito de parceria, ou aliança (não dou mais um ano para inventarem uma novo termo “revolucionário” que expressa a mesma coisa) ganham relevância em diversos aspectos e cenários. Existem os aliados no trabalho, aqueles com quem você pode dividir ideias, estruturar projetos e projetar o mútuo crescimento profissional. Existem os sócios ou associados em negócios e empreendimentos, assim como aquelas pessoas e empresas parceiras com as quais a união de esforços e a mescla de competências somam em direção a um futuro mais sólido e brilhante.
Romantismo? Não, pura realidade. Mas há um porém. E este se traduz na escolha certa, que só é possível se realizada com cuidado, sem pressa, e atenção aos perfis e padrões comportamentais.
Para facilitar o trabalho, destacamos abaixo alguns perfis para se evitar:
1. Confuso e enrolado. Não obstante a estar e se declarar absolutamente conectado com todas as formas mais atuais de comunicação e interatividade colaborartiva, uma vez que afirma pertencer a geração “3.0” (poderia ser 2.0, 4.0, ou 10.0, ou tem 25, 30, 50 ou 60 anos….tanto faz) não consegue retornar ligações, e-mails e mensagens em tempo hábil ou razoável. Se enrola nas atividades compromissadas e traveste de criatividade aquilo que na realidade é pura confusão mental;
2. Desorganizado. Um comportamento primo-irmão do anterior, mas que fragiliza a execução de ações planejadas. O exemplo típico é aquela ação casada onde o seu aliado corporativo deveria apresentar um argumento específico, totalmente convergente à sua apresentação na reunião mensal de avaliação do seu departamento. Ele se esquece, nada comenta, e fica lhe olhando com ar de indagação sobre se deveria fazer algo naquele momento. Não é diferente na estruturação de propostas comercias conjuntas, quando a empresa parceira se atrasa em enviar informações vitais e permite que com isso uma oportunidade seja perdida.
3. Inconstante. Aqui não se trata de confusão mental ou desorganização. A atuação daqueles que envergam este perfil pode até ser certeira e bem ajustada, mas a ansiedade constante, a dificuldade de manter o foco e a falta de paciência fazem com que se desviem dos objetivos originais combinados com você ou sua empresa, e ai… quando você menos espera ou quando mais necessita do seu apoio, ele já está em “outra” (onde provavelmente não ficará por muito tempo também).
4. Desonestos e não transparentes. Bem, aqui não há o que comentar. (Detesto platitudes nos meus textos)
5. Excessivamente otimistas, megalômanos e ingênuos. A sua desconexão com a realidade e o seu divórcio permanente com o senso crítico fazem com que exagerem na projeção dos resultados e tempo de maturação. Invariavelmente se frustram rápida e por vezes repentinamente, ao se darem conta de que as coisas não são assim tão fáceis como imaginavam. Este tipo de aliado impossibilita projetos de médio e longo prazo, além de representar um risco permanente aos custos e despesas envolvidas por conta da megalomania.
6. Enrolador convicto. Este em geral atua com convicção e forte capacidade de persuasão para preservar sua condição embromatória. A sua falta de energia produtiva, acompanhada de total insegurança para tomar decisões e assumir riscos, acaba por forjar um comportamento dissimulador constante, que objetiva confundir o interlocutor ao longo dos processos de trabalho. Ele é geralmente bem humorado, sua apresentação pessoal é impecável e sorri com facilidade, sempre desarmando as constantes cobranças de seus pares, parceiros, subalternos e superiores. O problema é que nas suas mãos, projetos, acordos, e negócios, geralmente patinam, embora ofereçam a falsa imagem de movimento constante.
Por fim, o fato é que como sabemos, a vida é curta, a profissional ainda mais, e não há tempo a perder com gente que não soma (outra coisa é uma conversa de bar).
Fonte: Gustavo Chierighini, fundador da Plataforma Brasil Editorial. – www.saiadolugar.com.br