Copa afeta o turismo doméstico no Brasil
De Travel and Tour World
Apesar da abundante chegada de turistas estrangeiros, que estão viajando pelo Brasil durante o longo mês de Copa do Mundo, muitos brasileiros estão ficando em casa, desanimados com as notícias de aumento dos preços e de aeroportos cheios.
Normalmente julho é o mês de férias de inverno no Brasil, tradicional mês de férias escolares e popular em termos de viagens de lazer. No entanto, os relatórios de operadores turísticos do Brasil mostram que a venda dos pacotes de férias em julho caíram em comparação com um ano atrás.
De acordo com Marco Ferraz, presidente da Associação Brasileira de Operadores Turísticos (Braztoa), o turismo interno caiu entre 35% e 40% em junho e julho, em comparação com o mesmo período em 2013.
Segundo a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), a demanda caiu entre 11% a 15% durante o período da Copa do Mundo, em comparação com o mesmo período do ano anterior.
A indústria do turismo no Brasil é mais dependente do turista doméstico do que alguns outros grandes destinos de férias. Para recuperar a queda, a terceira maior empresa área do Brasil, a Azul está oferecendo passagens para crianças voando com seus pais, a partir de pacotes de viagens reservados por meio de seu operador turístico, a Azul Viagens.
Marcelo Bento, diretor de planejamento de rede da Azul disse que a promoção é uma resposta a uma queda de 60% em reservas de julho em comparação com um ano antes.
Hotéis e resorts também estão oferecendo promoções. O resort de praia Summerville, no estado costeiro de Pernambuco, está oferecendo aos visitantes uma noite livre, se ficarem para um total de sete noites. De acordo com Sergio Paraiso, gerente do Summerville resort, que atende a famílias com crianças, o resort normalmente tem uma taxa de ocupação entre 85% a 90% em julho – e é provável que fique abaixo de 70% este ano.
O governo já gastou 1,8 milhão de dólares em publicidade local, em uma tentativa de recuperar o restante de julho como período de férias. Alguns dos negócios perdidos serão recuperados através de pessoas que decidiram adiar, ao invés de cancelar, suas viagens.
Fonte: ABLA