Investimentos em logística podem favorecer terceirizações

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Elevar o padrão da logística de transporte de carga e de passageiros no Brasil com o objetivo de eliminar os gargalos dos principais trechos e polos econômicos demanda investimento total de R$ 987 bilhões, estima a Confederação Nacional do Transporte (CNT) que divulgou na sexta-feira, 22, o estudo Plano CNT de Transporte e Logística 2014. Na sua quinta edição, a publicação com mais de setecentas páginas elenca 2.045 projetos de infraestrutura de transporte, considerados prioritários, e que abrangem todos os modais, tanto na área de cargas como na de passageiros.
 
Se vierem a ser realizados, tais investimentos podem criar e favorecer também a demanda por veículos alugados, na modalidade de negócios chamada de terceirização de frotas (aluguel de frotas inteiras de veículos para pessoas jurídicas). Isso porque as empresas que trabalharão nos projetos de infraestrutura logística deverão demandar com mais ênfase os serviços do setor de locação. A avaliação é da ABLA (Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis).
 
A ABLA acrescenta que a terceirização de frotas, largamente utilizada por grandes companhias, está se tornando um serviço também atrativo para pequenas e médias empresas. “Ao terceirizar, toda a gestão referente à posse dos veículos deixa de ser problema da empresa, que assim pode se dedicar com mais afinco à sua atividade-fim”, afirma Paulo Nemer, presidente do Conselho Nacional da ABLA. “A necessidade de investimentos logísticos deverá gerar consultas e novos negócios para locadoras de Norte a Sul do País”.
 
Conforme Nemer, as empresas adotam a terceirização de frotas em busca de vantagem competitiva em relação aos concorrentes. “A terceirização tira a responsabilidade da empresa sobre licenciamento, emplacamentos e impostos dos veículos. Sobre os custos com seguro e manutenção. E ainda com despesas nem sempre são previstas no orçamento, como a reposição de peças e o custo financeiro da ociosidade de cada veículo”, explica. “Tudo isso passa a ser de responsabilidade da locadora que está alugando a frota para a empresa”.
 
Nemer avalia que os investimentos em logística, portanto, deverão ajudar a incrementar um trabalho que a associação já vem realizando, que é o de disseminar a cultura da locação de veículos e o consequente fortalecimento da atividade.
 
De acordo com a CNI, o estudo contribui para o planejamento da logística no País, objetivando seu desenvolvimento, redução de custo logístico, maior competitividade dos setores produtivos e aumento da segurança e desempenho dos transportadores e da população. Em seu relatório, a entidade conclui que uma parcela significativa da infraestrutura de transporte, em todas as modalidades, encontra-se obsoleta, inadequada ou ainda por construir, o que gera e mantém o cenário de entrave ao crescimento do setor e do País, como aumento do custo operacional, do número de acidentes, de emissões e do tempo de viagens.
 
“É necessário investir mais para modernizar e ampliar rodovias, aeroportos, portos, hidrovias, ferrovias e terminais. Esse estudo propõe, em uma perspectiva multimodal, um conjunto de projetos essenciais ao setor de transportes, aponta os principais projetos e identifica investimentos necessários – públicos e privados – para potencializar o desempenho dos diferentes modais, sempre com foco na integração e na importância intrínseca de cada um deles”, destaca Clésio Andrade, presidente da CNT.
 
O documento é dividido entre os projetos de integração nacional, que incluem obras ao longo de nove eixos estruturantes multimodais, e os projetos urbanos, dedicados ao transporte público. Os eixos estruturantes analisados pela CNI abrangem intervenções de dois tipos – construção e adequação e preveem ações como construção e duplicação de rodovias, expansão de hidrovias, dragagem em portos, implantação de ferrovias, incluindo Trem de alta velocidade (TAV), construção e ampliação de aeroportos, construção e adequações de terminais de cargas, entre outras diversas intervenções.
 
Nos projetos urbanos, estão incluídas 18 regiões metropolitanas, que incluem a implantação de corredores de BRT, construção de infraestrutura para veículo leve sobre trilho (VLT), monotrilhos, metrôs e trens urbanos; construção e adequações de terminais de passageiros, além de detalhar projetos e investimentos necessários conforme cada Estado e região.
 
fonte: ABLA e Automotive Business

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