Morro do Vidigal vira ponto de encontro de torcedores de todo o mundo
O Vidigal não é mesmo um morro qualquer. Arte, moda, cultura, hotel com vista para o mar, tudo isso se encontra por lá. Agora, durante a Copa, o lugar também tem atraído torcedores de vários países, além de cariocas e moradores de outros estados brasileiros. Na área conhecida como Arvrão, visitantes podem ver as partidas ao mesmo tempo em que saboreiam cardápios variados. O mais novo hostel do pedaço, o Da Laje, por exemplo, aposta na boa e velha feijoada (R$ 50).
— Vim conhecer o morro, a comida e a vista. O jogo é o que menos importa — disse, na terça-feira, o argentino Juan Gudiño, de 24 anos, que está hospedado no Jardim Botânico. — A ideia é fugir dos lugares óbvios — destacou o francês (radicado nos EUA) Marc Chando, de 30 anos , que está instalado em Ipanema.
Chando foi acompanhado de sete americanos e um amigo paulista, o ator e produtor Carlos Vieira, de 44 anos, morador do Leblon.
— Nosso objetivo era buscar uma alternativa aos mesmos lugares da Zona Sul. Quando Marc me perguntou, assustado, se era perigoso tomar um táxi em Ipanema e ir ao Jockey, decidi que era preciso mostrar, de fato, outro Rio ao grupo — contou Vieira.
A 15 metros dali, o confronto entre Brasil e México não ficou no 0 a 0. A pousada Alto Vidigal propôs um duelo saboroso entre iguarias das duas cozinhas. A cargo do carioca e morador do Vidigal Márcio Ferreira, o churrasco (R$ 10) foi servido com caipirinha (R$ 7). Já os nachos (R$ 20 a porção), regados a margarita (R$ 15), tiveram a assinatura do mexicano Daniel Chaves. Desde a abertura da casa, em 2010, ele vem promovendo por lá noites com comida mexicana e música latina.
— Se o Brasil não vencer, a gente vai ganhar por estar num lugar tão diferente — ressaltou a carioca Mariana Salma, de 31 anos, moradora de Botafogo.
Para chegar ao local, é preciso pegar um mototáxi ou uma Kombi. O trajeto dura entre 15 e 20 minutos. O embarque é feito na entrada do morro, no início da Avenida João Goulart.
Por Bruno Calixto, do O Globo.
Foto: Antonio Scorza.