Prejuízo da Gol cresce 145% no 2º trimestre, para R$ 354,9 milhões
A companhia aérea Gol teve prejuízo líquido de R$ 354,9 milhões no segundo trimestre, uma alta de 144,8% em relação à perda de R$ 145 milhões registrada no mesmo período do ano passado.
No semestre, o prejuízo líquido somou R$ 1,027 bilhão – alta de 326,2% sobre a perda de R$ 241,1 milhões de janeiro a junho de 2014. Em comunicado, a companhia afirma que foi impactada pelo “cenário econômico”, que levou a um resultado operacional negativo em R$ 251,1 milhões entre abril e junho.
“Os resultados financeiros para o segundo trimestre refletem o ambiente econômico desafiador. Nós destacamos a desvalorização do real frenteao dólar em 40,9%, comparado ao mesmo período de 2014, e uma inflação que chegou a 9,56% nos últimos 12 meses”, afirma a nota do presidente Paulo Kakinoff que acompanha o balanço.
A demanda doméstica da Gol cresceu 4,7% no trimestre e 4,8% no semestre, segundo a empresa.
A empresa apurou uma geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação, amortização e aluguel de aeronaves (Ebitdar) de R$ 90,7 milhões no período, queda de 75,8% na comparação anual.
Em teleconferência, o presidente-executivo da Gol, Paulo Kakinoff, disse que a empresa pode ajustar seu programa de frota diante do cenário macroeconômico adverso, o que fez com que a companhia aérea reduzisse sua projeção para a oferta no mercado doméstico neste ano.
Segundo ele, a Gol tem flexibilidade no fluxo de recebimento de novas aeronaves da Boeing, cuja entrega pode ser adiada ou antecipada, assim como no aluguel de aeronaves da frota a outras companhia.
Do G1.