A frota total do segmento de locação cresceu 6,3% nos primeiros seis meses de 2022
Depois da pandemia, da crise dos semicondutores e todas as mudanças que vem sofrendo o segmento automotivo desde 2020 o brasileiro não tem muitas opções para comprar um veículo novo com um preço acessível. Com isso, muitos preferem adquirir veículos usados ou, como estamos vendo no mercado, aderem às propostas de alugar um automóvel.
O Financiamento de veículos atualmente
No momento atual está mais difícil conseguir um bom financiamento para um automóvel novo, e quanto o cliente consegue, tem um valor bastante alto, e isto influi diretamente no aumento da inadimplência nos créditos para a compra de carros e outros veículos.
A média dos juros para este tipo de crédito está em 27% ao ano, isto é, um financiamento de R$ 50 mil (supondo uma entrega inicial de R$ 20 mil) parcelado em 5 anos teria parcelas de R$ 1.438,40. Porém o cliente pode encontrar alternativas com juros menores ou com juros de mais de 50% ao ano.
Mesmo que lento, é progressivo o aumento registrado nos índices de inadimplência dos financiamentos de carros zero quilômetro, isto é, a demora de mais de 90 dias no pagamento da parcela. De acordo com o Banco Central, em agosto a inadimplência alcançou 5,1%, 1,7 ponto percentual a mais em comparação com o ano passado. Em relação a julho, o aumento foi de 0,2 ponto percentual, mas o acumulado nestes oito meses do ano é de 1,1 p.p, enquanto que em 2021 somente acumulava 0,9 p.p.
Com as parcelas do financiamento caras em relação ao salário médio e aos demais gastos que implica ter este tipo de bem, como por exemplo o melhor seguro para carro, muitos brasileiros estão optando pelo aluguel de veículos. Pois, apesar de ter que fazer um investimento importante, as vantagens são maiores que as desvantagens.
Aluguel de veículos
Nos dias de hoje não há crise de demanda, de fato o volume de entrega vem crescendo e os prazos estão cada vez menores, lembrando que no ano passado o comprador podia esperar cerca de 6 meses para poder usar seu carro.
Boa parte do crescimento da demanda é pela necessidade das locadoras. De acordo com a Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis (ABLA), no segundo trimestre do ano o setor registrou 85,4% mais de compras de veículos que no primeiro trimestre, e nos primeiros seis meses do ano a soma das novas aquisições representa quase a metade do que foi adquirido em 2021 (49,3%).
Mesmo com os bons números, o segmento de locação de veículos ainda não chegou aos valores normais. Historicamente o mercado mostra que 20% dos automóveis e comerciais leves comercializados são adquiridos por locadoras; patamar que ainda não alcançou novamente, mas se espera que no ano que vem isso aconteça.