Após o Bike Rio, Prefeitura quer implementar aluguel de carro elétrico

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As já tradicionais bicicletas laranjinhas da Zona Sul podem ganhar um concorrente a partir do ano que vem. É que o Rio deve receber, até novembro, seu primeiro serviço de aluguel de automóveis elétricos, inspirado em um modelo disseminado na Europa e nos Estados Unidos. A previsão foi anunciada ontem pelo subsecretário da Secretaria Especial de Concessões e Parcerias Público-Privadas, Gustavo Guerrante. Os locais das estações ainda serão definidos por um estudo técnico.
“A intenção da prefeitura tem sido ‘desincentivar’ o uso do automóvel e estimular o transporte público, vide os investimentos aplicados no VLT e nos BRTs. Os carros elétricos vão ajudar a diminuir o número de veículos particulares nas ruas, já que serão compartilhados por vários usuários, reduzindo engarrafamentos. Além disso, eles não são poluentes”, apontou.
Segundo o subsecretário, o preço do aluguel vai se assemelhar ao que é praticado no exterior e deverá ficar abaixo do valor cobrado pelo quilômetro rodado nos táxis (R$ 1,95 na bandeira 1 e R$ 2,34 na bandeira 2). “O modelo que mais se aproxima das nossas necessidades é o ‘Autolib’, de Paris. As estações ficam em vagas nas ruas, e não em garagens fechadas. O veículo é carregado no momento em que o usuário o devolve nos terminais”, explicou ele.
Chamada pública divulgada nesta quarta no Diário Oficial deu prazo de 30 dias para que interessados em elaborar o estudo do projeto apresentem propostas. Depois disso, comissão da prefeitura vai autorizar a conclusão de uma das propostas.
O estudo final deverá ser entregue em até seis meses para consulta pública, contemplando projeto básico de engenharia, localização das estações de recarga, encargos de investimentos e serviços, mecanismos de pagamento, garantias, plano de negócios referencial e minutas de documentos licitatórios. O gasto máximo para o estudo é de R$ 4 milhões. A concessionária que apresentar o maior valor de outorga leva o contrato. Todos os gastos da instalação e operação ficarão por conta da empresa.
Autonomia de três horas
Alguns automóveis elétricos do sistema ‘Autolib’, de Paris, que contam com quatro assentos, já têm autonomia para circular por mais de três horas após a recarga. Quando o serviço de compartilhamento foi implementado na cidade, há três anos, o veículo rodava até duas horas.
“Quanto mais se investe na tecnologia, maior é a potência do carro. A bateria do veículo francês pode ser carregada até 80% em 15 minutos”, apontou o subsecretário da Secretaria Especial de Concessões e Parcerias Público-Privadas, Gustavo Guerrante. Recife será a primeira cidade do Brasil a testar o compartilhamento de carros elétricos, entre este mês e o próximo. A empresa chinesa Zhidou vai operar o sistema com os modelos Zd e Zdi.
Por Gustavo Ribeiro, do O Dia.

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