Carros populares: Recursos consumidos sobem para 80% e colocam em risco locadoras

Balanço mostra que 80% dos recursos para carros populares já foram utilizados 

 

Após prorrogar por mais 15 dias a exclusividade de compra dos carros populares para pessoas físicas, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) divulgou balanço mostrando que 80% dos recursos já foram utilizados. Na segunda-feira, essa cifra estava em 64%.

Com isso, dos R$ 500 milhões destinados ao programa, R$ 400 mil já foram solicitados pelas montadoras, após duas semanas do lançamento do programa.

Locadoras, como Movida (MOVI3) e Localiza (RENT3), vinham aguardando com expectativa a liberação do programa para pessoas jurídicas, que ocorreria nesta quarta-feira (21). No entanto, com a prorrogação, a Genial Investimentos avalia que o setor não terá acesso aos descontos para a compra de carros populares.

Para os analistas da corretora, estas companhias ficarão apenas com o efeito negativo de redução no preço de venda de seminovos.

Prorrogação da exclusividade dos carros populares

O programa foi lançado em 5 de junho e previa exclusividade de compra para pessoas físicas nos 15 primeiros dias de vigência, com o prolongamento, se estenderá por 30 dias.

A prorrogação vale apenas para os carros, sendo que para a compra de ônibus e caminhões, as operações com pessoas jurídicas estão liberadas a partir desta quarta-feira (21).

O governo estimava duração de quatro meses para o programa. No entanto, os recursos podem encerrar em menos de um mês e sem chegar às pessoas jurídicas.

A Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis (ABLA) disse, em nota, que recebeu com surpresa o anúncio da prorrogação.

Para a entidade, a medida impede exatamente o principal cliente das montadoras de participar do programa. A ABLA pontua ainda que o setor é responsável pela compra de 30% dos automóveis e comerciais leves vendidos no país.

“Caso a medida ainda venha a contemplar todos os compradores, PJ e PF, em um cenário em que o incentivo se torne isonômico e não discriminatório, aí sim a medida alcançará o objetivo de também ampliar a produção, o que é fundamental para a efetividade da MP e o fomento aos empregos na indústria automotiva”, disse a Associação em nota.

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