Eletrificação, um caminho para a mobilidade sustentável na Localiza
Para diminuir a exposição a questões ambientais, um dos pilares do ESG dentro da companhia é a redução e a neutralização de carbono, que se soma à transformação social (com a igualdade de oportunidades por meio do empreendedorismo) e à governança.
No dia a dia do negócio, a Localiza tem colocado em prática ações para diminuir as emissões. Hoje, 54% de toda a energia consumida vem de fontes renováveis, por meio de fazendas solares e painéis fotovoltaicos instalados nas agências.
Neutralização das emissões
Desde 2019, a Localiza já neutraliza as emissões dos escopos 1 e 2. Bruno Lasansky, CEO da Localiza, diz ver “uma grande oportunidade” no escopo 3, relacionado aos clientes.
“O Brasil tem uma grande tecnologia, que é o motor flex. Quando consideramos o dióxido de carbono capturado desde o plantio da cana-de-açúcar, temos uma realidade comparável à do carro elétrico na Europa. Essa performance é ainda melhor quando pegamos o motor a etanol e adicionamos a eletrificação [gerador no carro ou plug in”, diz Lasansky.
Uso de etanol e pegada de carbono
Como líder no segmento de mobilidade, o executivo explica que uma das prioridades da companhia é aumentar a conscientização entre os clientes sobre o uso do etanol — 70% deles, segundo levantamento, já optam por esse combustível. Internamente, a adoção do etanol é de 100%.
Outra forma encontrada pela empresa de levar informação e engajamento aos motoristas é por meio do programa Neutraliza, que oferece a possibilidade de neutralizar a pegada de carbono durante a locação do veículo por meio do pagamento de uma taxa diária de 1,99 real.
“Enquanto líderes do mercado, temos de construir pontes para o futuro. Acredito que ainda vamos passar por muitas soluções. Agora, por exemplo, estamos desbravando o carro elétrico”, conta o CEO.
Veículos elétricos e abastecimento
Desde o ano passado, a Localiza tem um programa com a participação de 200 motoristas de aplicativos que utilizam veículos elétricos da Renault. Em parceria com a Raízen, os carros são abastecidos nas agências da locadora a um valor subsidiado.
Segundo Lasansky, a empresa entendeu que tinha de “sentir o carro elétrico”. Claro que há entraves, como o desafio de expandir a rede de abastecimento, ainda muito restrita aos grandes centros urbanos, e o custo desse tipo de veículo. O programa foi lançado em setembro do ano passado e, ao completar o primeiro ano, será feita uma avaliação sobre os pontos positivos e os desafios.
“Até que tenhamos mais clareza dos resultados e para onde seguir, manteremos em paralelo o esforço de conscientizar os clientes com ações como o Neutraliza e o estímulo ao uso do etanol, tanto em contratos com empresas quanto para a pessoa física”, detalha.