Fingir que é ESG não vai trazer resultado, diz CEO da Movida
Renato Franklin, CEO da Movida, primeira locadora brasileira de automóveis a ter um programa que neutraliza as emissões de CO2 das locações dos clientes, participou de um episódio do Investidor ESG.
Comprometida com a transição energética, com a meta de ser carbono zero até 2030, a Movida conta com uma frota de mil veículos elétricos e híbridos.
A companhia também participou da Cúpula do Clima (COP-27) da Organização das Nações Unidas, realizada em novembro do ano passado no Egito, como um dos cases de sucesso no enfrentamento das mudanças climáticas.
Caminho sem volta
Na avaliação do executivo, adotar os critérios da agenda ESG é um caminho sem volta.
“A empresa que não tiver uma agenda real ESG, não vai sobreviver. Lá atrás teve gente que fingiu que era digital e não sobreviveu. Fingir que é ESG não vai trazer resultado”, diz.
Franklin lembrou que a companhia dobrou de tamanho nos últimos dois anos, mas que isso só foi possível graças ao comprometimento com a sustentabilidade e porque acessou o mercado externo.
“Nenhuma locadora (de veículos) tinha emitido um bond internacional. Emitimos um sustainability liquid bond ESG, que cobra métrica de redução de emissão de carbono alinhado ao nosso compromisso de ser carbono neutro”, afirma.
Segundo ele, essa emissão viabilizou a entrada de 1 milhão de dólares no caixa da companhia. “A agenda ESG é a único jeito de você trazer novos clientes, novos colaboradores e novos investidores e até fornecedores que querem trabalhar com clientes que geram impacto positivo”, destaca.