Frota novinha para as polícias
As polícias Civil e Militar de Goiás começaram a receber ontem as 2.141 novas viaturas adquiridas pelo governo Marconi Perillo (PSDB), conforme estabelece o compromisso feito pela administração de renovar periodicamente os veículos das corporações. A Secretaria da Segurança Pública entregou ontem, durante ato no Autódromo Internacional de Goiânia, as 700 primeiras viaturas.
O investimento total é de cerca de R$ 110 milhões, por 24 meses de locação dos veículos. A nova frota é maior que a existente até agora (que era de 1.909 viaturas). Mesmo assim, o contrato de locação com as quatro empresas vencedoras ficou aproximadamente 10% mais barato. Além da ampliação no número de veículos, há outras novidades.
A renovação da frota beneficia ainda a Polícia Técnico-Científica e a Secretaria de Administração Penitenciária e Justiça (Sapejus). A partir de agora, todas as viaturas utilizadas pelas forças policiais goianas serão monitoradas por meio de GPS. Dessa forma, os comandantes poderão saber em tempo real a localização de cada viatura, o que facilitará o gerenciamento da frota.
Outra novidade é que parte dos veículos Gol 1.0 que eram utilizados pela Polícia Militar serão substituídos por 643 veículos Palio Weekend de 1.400 cilindradas. Com carroceria maior, os novos veículos terão espaço exclusivo para transporte de presos. “Dessa forma, os presos poderão ser transportados com maior dignidade”, explica o comandante geral da PM, coronel Sílvio Benedito Alves.
Os grupamentos especiais, como Rotam, GPT e GT3, receberão veículos tipo SUV, modelo Tucson. A renovação da frota possibilitará a ampliação do patrulhamento rural, com 100 caminhonetes S10 para esse tipo de serviço. Para a Polícia Técnico-Científica, foram destinados furgões e picapes 4 x 4, adaptados para utilização nos Institutos Médico-Legais do Estado. A licitação também incluiu 40 veículos para serviços administrativos para a Secretaria da Administração Penitenciária e Justiça (Sapejus).
O contrato, com quatro empresas diferentes, prevê, além da locação, a manutenção dos veículos e todo o equipamento embarcado (como rastreadores, rádios e giroflex). Em caso de avaria, as empresas têm até 24 horas para substituir por um novo veículo, de forma que não haja prejuízo ao trabalho das forças de Segurança.
De acordo com o secretário Joaquim Mesquita, o modelo de locação é o mais racional financeiramente para o Estado. Isso ocorre porque a característica do trabalho policial exige muito das viaturas, que sofrem desgaste e acidentes constantemente. As empresas vencedoras da licitação têm de repor uma viatura avariada em 24 horas.
“A locação é mais barata, é mais vantajosa, todos os estudos de contratação apontam neste sentido. Conversando com um secretário de um Estado que ainda não teve condições de adotar o sistema de locação, para que eles tenham uma disponibilidade de 600 ou 700 viaturas é preciso adquirir 4 mil viaturas. Aqui não é assim”, argumenta Joaquim Mesquita.
“Aqui mesmo em Goiás era comum ver viaturas paradas, sem manutenção, sem gasolina, impossibilitando a polícia de trabalhar. Isso não acontece mais”, afirmou o secretário de Segurança Pública.
Por Helton Lenine, do Diário da Manhã.