Neutralização das emissões de CO2 é uma realidade em algumas empresas
Algumas companhias vêm anunciando que já alcançaram a neutralização de suas emissões de carbono. É o caso da Localiza, que afirma ser a primeira empresa de locação de carros no Brasil a reportar suas emissões de gases de efeito estufa (GEE) no GHG Protocol.
A empresa informou, ainda, que compensou, em março de 2021, as emissões de carbono das suas operações referentes a 2019, cerca de 19.540 toneladas de CO2 equivalente.
A Localiza explica que isso foi possível a partir da aquisição de créditos de carbono de uma fábrica de cerâmica de Ituiutaba, interior de Minas Gerais, que substituiu a lenha nativa pela biomassa para alimentação de seus fornos.
A neutralização se refere às emissões operacionais da companhia, dentro dos escopos 1 e 2, que incluem movimentação de frota corporativa, ar condicionado, energia elétrica, transporte de carros entre montadoras, agências e lojas, entre outros.
ICO2, da B3
Dentro de sua estratégia de ESG (sigla usada para governança ambiental, social e corporativa), a Localiza assumiu o compromisso de anualmente protocolar suas emissões no GHG Protocol. Com essa atuação, a empresa passou a integrar, em 2020, o Índice Carbono Eficiente (ICO2) da B3, voltado para as empresas do IBrX-100, que reúne as 100 companhias com mais ações negociadas na bolsa de valores.
Além de neutralizar suas emissões, a Localiza procura reduzir suas emissões de GEE abastecendo toda sua frota com etanol e adotando energia solar em parte de suas agências e lojas. “A redução e a neutralização das nossas emissões fazem parte dos nossos temas materiais. Iremos evoluir ainda mais nesse sentido”, afirma Daniel Linhares, diretor executivo de gente da Localiza.
Outra companhia que anunciou a compensação de 100% de suas emissões de carbono foi o BTG Pactual.
O banco informou que a compensação se refere aos escopos 1, 2 e 3, o que inclui, portanto, as emissões indiretas. É o segundo ano que a empresa anuncia ter compensado totalmente suas emissões de carbono.
A compensação foi possível com a compra de créditos de carbono do projeto florestal REDD+ Maísa, de Moju, no Pará, que atua na conservação da floresta Amazônica. O inventário que resultou em cerca de 8.000 toneladas de carbono e outros gases causadores do efeito estufa foi feito de acordo com o GHG Protocol.
“Este é um marco importante da nossa agenda ESG. Reconhecer a importância de ações para atenuar os efeitos das mudanças climáticas, e esperamos servir de exemplo para que mais empresas sigam o mesmo caminho”, comentou em nota Roberto Sallouti, CEO do BTG Pactual.