Turbi vai ampliar frota e estuda operação em outros estados

O custo de aquisição de um carro zero subiu muito nos últimos anos. É o resultado dos insumos como o aço e plástico mais caros, além da obrigatoriedade de diversos itens de segurança levam um carro de entrada para a faixa inicial de R$ 70 mil. E a tendência é piorar com juros altos e crédito escasso.

Mas para a mobilidade urbana algumas empresas apostam na locação por um intervalo de algumas horas ou mesmo alguns dias em contratos curtos e mais versáteis. E o serviço vai muito bem e a Turbi, startup de locação de veículos, planeja uma expansão além da Grande São Paulo onde atua hoje com cerca de 3.000 veículos disponíveis por meio do seu aplicativo.

E engana-se quem disser que a Turbi quer ser uma locadora tradicional. Seu foco está no público jovem que também dispensa as burocracias de assinaturas e apólices complexas de seguro. Dos 60 carros alugados que iniciaram a operação em meados de 2017 agora há 3.000 veículos disponíveis em cerca de 400 pontos na Grande São Paulo incluindo o ABC, Osasco e Guarulhos.

De acordo com a empresa, 80% dos clientes têm entre 25 e 45 anos. O cadastro no aplicativo da Turbi leva poucos minutos e traz uma verificação facial na última fase, enquanto a senha é gerada via celular para abrir o carro. A empresa faz sigilo sobre o número de clientes que estão na plataforma mas promete um novo ciclo de expansão da frota e chegada a outras praças.

Crescimento da locação simplificada

“Temos um plano de crescimento mas São Paulo tem potencial enorme, é a meca da mobilidade no mundo em um cenário de fragilidade dos modais de transporte público onde nosso serviço tem boa relação custo benefício”, diz Luiz Bonini, diretor de Merketing e Parcerias da Turbi. O executivo aponta que novos condomínios com múltiplos serviços e bairros mais distantes dos grandes centros empresariais estão no foco da Turbi.

A empresa está preparando uma emissão de debêntures para um novo ciclo de renovação e expansão da frota. Além de São Paulo a Turbi estuda chegar a outras cidades do país no Sudeste e no nordeste. “Imagine chegar em um aeroporto do nordeste e poder locar um carro durante os dias de viagem sem burocracia via celular de forma mais fácil do que uma locação tradicional com filas nos guichês e longa espera?”, provoca o executivo.

Por assinatura ou para algumas horas de carro

A maior parte dos clientes que loca um veículo na Turbi o faz para uma demanda específica. Uma reunião mais distante e fora do eixo de transporte público, para um passeio noturno ou para uma pequena viagem de fim de semana. É possível pagar por hora utilizada com quilometragem livre ou uma franquia mínima e um valor por quilômetro rodado. O cliente é que escolhe por aplicativo o serviço que mais atende suas necessidades.

Embora a empresa tenha serviço de assinatura, tendência iniciada na pandemia e que já corresponde a 20% dos seus clientes (a Turbi não revela o tamanho da base), o foco do seu crescimento está nos contratos de curto prazo por algumas horas e demandas sobre as quais já conhece bem. De acordo com a empresa 30% das locações ocorrem para viagens feitas no final de semana e 15% durante as madrugadas.

Nesse intervalo a startup monitora o veículo a distância. Sabe por onde o cliente andou, quilometragem e controla também a manutenção que é feita por lavagens a seco. E uma equipe de solo para verificação in loco bem como o recolhimento do carro para fazer uma revisão por exemplo.

O ponto importante segundo Bonini é a flexibilidade para os clientes. “Nosso serviço é como o streaming, só que com carro onde o cliente cancela quando quiser um serviço de assinatura. O que atrai o cliente é de fato um processo seguro e simplificado tanto rue na assinatura nossa retenção é de 70% dos clientes”.

 

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