Crescimento de delivery e e-commerce demanda inovações na área logística

 

O crescimento do delivery era algo previsível em 2020. Mas ninguém imaginava a proporção que isso ganharia com o isolamento social causado pela pandemia. Gente que nunca havia comprado pela internet e gente que nunca havia vendido pela internet, de repente, estavam fazendo negócios via comércio eletrônico.

E quem já estava, de certa forma, habituado a comprar online aumentou e diversificou o volume de pedidos e aprendeu a comparar a qualidade dos serviços. “A sociedade ganhou experiência, aprendeu o que é um bom e-commerce, e tem subido a barra. Precisamos oferecer um serviço superior”, afirma Rodrigo Mourad, presidente e cofundador da Cobli, empresa de rastreamento de frotas.

Locadoras no delivery

Se, na venda de refeições prontas, motos e bicicletas concentram as entregas, nos demais setores, o transporte costuma ser feito exclusivamente por veículos motorizados. E, nessa área, um dos caminhos que ganham impulso é a terceirização. Empresas que antes faziam entregas com frota própria se abriram a parcerias com locadoras que ajudam a dar conta do volume de pedidos e possuem veículos para diferentes formas de utilização.

“Passamos a oferecer a frota certa para atender de pequenos a grandes e-commerces. Temos carros de três a 13 metros cúbicos”, conta Jamyl Jarrus Junior, diretor executivo de Vendas e Marketing da Movida.

No Brasil, as frotas terceirizadas correspondem a apenas 15%. Em mercados maduros, como Estados Unidos e países da Europa, o índice chega a 70%.

Crescimento de delivery

Na visão dos especialistas, houve avanços, mas ainda há muito a se construir. Um dos desafios é chegar a todos os cantos. Em cidades maiores, a adesão ao comércio eletrônico é crescente, mas, nas pequenas, ainda é muito incipiente e com um problema cíclico. Sem volume, o custo do frete fica alto. Se o custo é alto, não fomenta o uso e, portanto, não se cria oportunidade para baixar o valor do frete.

Nos grandes centros urbanos, apesar da demanda, ainda há entraves relacionados ao trânsito. É preciso investir em processos que facilitem a otimização da rota – como sugestão de desvios em caso de congestionamento ou acidentes – e a comunicação com o cliente. Se a pessoa estiver pronta para receber a encomenda, há um ganho de tempo considerável.

“Esses são desafios tecnológicos para um nível de eficiência e excelência maior. As empresas precisam implementar novas tecnologias para resolver esses gargalos. Isso traz benefícios para a cadeia como um todo, para que seja sustentável”, diz Mourad, da Cobli.

Por mais inclusão

Também é preciso fazer com que as entregas cheguem aonde nenhum veículo, seja de frota própria ou locada, consegue chegar. “Há pessoas que não têm um CEP. Ou não há ninguém em casa para receber. Ou, por questão de segurança, os entregadores não chegam lá. A gente precisa atender essa população”, defende Marcio Hannas, presidente da CCR Mobilidade.

Pensando nesse público, a empresa criou um serviço em parceria com a Clique Retire. Em São Paulo, foram instalados 26 boxes nas linhas 4 e 5 do metrô. Assim, quem enfrenta tais empecilhos pode comprar pela internet. E retirar o produto na estação que escolheu, com o uso de um código de acesso.

“É uma forma de servir às pessoas que não teriam a entrega em casa. Mas também um serviço opcional para nossos passageiros”, diz Hannas. “Por fim, podemos melhorar os custos de entrega das empresas de e-commerce, que poderiam evitar a última milha e deixar o produto em nossos boxes.”

Fonte: terra.com.br
Crescimento de delivery
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