Locadoras apostam no potencial de vendas das agências para crescimento do setor
Abav MeetingSP: O debate ressaltou os temas como o avanço e futuro do setor de locação, a importância das agências e o aumento dos preços.
Na sexta-feira (18), aconteceu o segundo dia do Abav MeetingSP, evento promovido pela Abav-SP l Aviesp e direcionado aos proprietários das agências associadas e a diretora de redação do M&E, Natália Strucchi mediou o painel “Locadoras: A lei da oferta e demanda, e os impactos dos custos no preço”, que contou com Jamyl Jarrus Junior, da Movida e Paulo Henrique Pires, da Localiza.
“O turismo é um dos maiores fomentadores para as locadores, principalmente pós pandemia. Estamos muito satisfeito com o crescimento que tem vindo da demanda das agências de viagens mas ainda tem muito dinheiro na mesa pra continuarmos crescendo juntos. O potencial de venda da locação como adicional é muito grande. Tem muita oportunidade. E para vender, tem que ter processo e falar que tem”, afirmou Paulo Henrique Pires, da Localiza.
“A locação de carro é mais um painel de oportunidade. Temos uma das industrias mais evoluídas de aluguel de carros no mundo. Podemos vender com muita força o nosso produto. A gente escuta de muitas agências que sobreviveram com a receita de locação de carros durante a pandemia e isso é bom para todo mundo, aumenta a cultura do aluguel de carro, é bom para o dono da agência, que enxerga uma nova avenida de potencial de renda e para nós locadoras”, explicou Jamyl Jarrus Junior, da Movida
Para Jamyl, estreitar laços com as agencias e com o trade turístico é fundamental para o crescimento do setor e do Turismo em geral.
“A relação é sempre complementar. Se há agências que sobreviveram durante a pandemia graças a rendas de vendas dos nossos serviços, ela também nos ajudou a sobreviver e crescer”.
Paulo Henrique, da Localiza concordou com a fala de Jamyl e acrescentou:
“Está sendo feito, temos feito este discurso, estamos presentes nos eventos com os agentes para fortalecer ainda mais essa relação e educar. É uma oportunidade para o pessoal vender e é importante ressaltar que não temos distinção de canal. É um desafio mas temos que continuar trabalhando junto com vocês. Estamos melhores em números mas poderíamos estar crescendo ainda mais se não fosse esse rastro de inflação que a pandemia trouxe junto”, complementou.
O aumento no preço dos carros, a escassez do produto e o aumento da demanda foram e ainda são os principais fatores que hoje dificultam o crescimento ainda mais acelerado do setor, de acordo com os executivos.
“Nós não sofremos problemas no fluxo de vendas durante a pandemia, até pelo boom que rolou na locação de carros, principalmente para o lazer. Mas os preços dos carros e as faltas de peças que subiram muito prejudicaram um pouco nosso setor. Os próximos anos podem ser duros mas estamos otimistas”, completou Paulo, que acredita que no ano de 2023 o corporativo vai impulsionar o setor. “As expectativa são super positiva neste curto e médio prazo”, concluiu.
Jamyl acredita que o rastro da inflação é hoje o grande vilão do crescimento. “Só não estamos crescendo mais porque não tinha carro desde outubro de 2020. Com a crise dos chips, reduziu a produção de carro e agora que está começando a voltar a venda para empresa – mas com um preço praticamente o dobro do que era. Estamos melhores em números mas poderíamos estar crescendo ainda mais se não fosse esse rastro de inflação que trouxe junto. Mas o lazer tem sido muito forte e será um final do ano muito bom. Teremos mais carros disponíveis e acredito que a parte de tecnologia deve crescer muito também nos próximos meses”, finalizou.