Motos elétricas: Vammo lança estações de autoatendimento
A Vammo, startup especializada na locação de motos elétricas e serviço de troca de baterias, está inaugurando uma nova fase da mobilidade elétrica sobre duas rodas no Brasil. Trata-se do lançamento de um protótipo de estação para autoatendimento.
Foi idealizado e desenvolvido para que o motoqueiro faça sozinho a substituição de uma bateria descarregada por outra com carga completa. Portanto, o equipamento conta com tecnologia que proporciona um processo intuitivo e rápido, em que essa troca é feita em menos de dois minutos.
O primeiro protótipo, instalado na matriz da Vammo, no bairro do Itaim Bibi, em São Paulo, já está em funcionamento. E está sendo usado para cerca de 75 trocas de bateria por dia. Até o final do ano, o segundo já deverá ser instalado. E será em algum dos outros oito endereços de troca que a Vammo opera hoje na cidade.
“A autonomia dos elétricos sempre foi uma das razões que inibe a adoção em massa desse tipo de veículo, mas nossas estações vão superar essa questão e encorajar o uso das motos elétricas. Esse é o nosso propósito, promover a eletrificação na América Latina, de uma forma que faça sentido para os consumidores financeiramente, com conveniência e segurança”, afirma Jack Sarvary, CEO da Vammo. “Acreditamos profundamente que será a virada de chave para popularizar a mobilidade elétrica na região”. O plano é que até o fim 2024 estejam operando mais de 500 estações em todo o Brasil.
Por enquanto, o serviço está disponível para clientes Vammo em um amplo espectro de modelos e tipos de motocicleta, como a VS2 ou VS1 de VMoto SuperSoco.
As estações de troca de bateria foram desenvolvidas especificamente para funcionar com vários tipos, tamanhos e níveis de potência da bateria. O objetivo é estabelecer padrões de qualidade e segurança a fim de que todo motociclista que optou pela eletrificação possa se beneficiar da capilaridade e praticidade da rede de estações de troca de bateria.
Com capacidade para armazenar e carregar oito baterias por vez, os protótipos têm tecnologia para regular, conforme a necessidade, a velocidade da recarga.
“Temos como escolher o ritmo de recarregamento de acordo com a demanda por baterias. Se um local tem demanda maior, podemos acelerar o carregamento das baterias de cada compartimento individualmente. O ideal é que a recarga seja feita em três horas, mas conseguimos fazer isso em menos de 45 minutos se quisermos”, afirma Jeff Inhofer, diretor de engenharia de Hardware da Vammo.
Ele explica que desenvolver o hardware não foi algo fácil. “É por isso que existem mais de 12 versões do iPhone”, comenta. “Esses protótipos serão usados para garantir que tenhamos todos os recursos necessários para uma experiência de troca de bateria segura e fácil. Assim, testá-los nas ruas do Brasil nos permite fazer alterações ou melhorias antes de iniciar a produção em massa.”
Particularidades do mercado local
Com líderes da equipe de hardware vindos da Tesla e da Uber, o grupo de engenheiros da Vammo é certamente experiente. E tem como objetivo produzir em território nacional toda a tecnologia envolvida. Adaptaram o projeto especialmente para o mercado local. “Procuramos criar um produto verdadeiramente tropicalizado para as ruas da América Latina, com a essência, o sentimento e o ritmo das ruas do Brasil em mente,” disse Michael Steiner, diretor de design Industrial na Vammo.
No Brasil, utilizam-se baterias maiores. São mais pesadas e com mais potência, comparado a outras partes do mundo, segundo referências coletadas in loco pelos executivos da Vammo. Também consideramos o contexto da cidade de São Paulo para que desse certo por aqui. Incluindo possibilidades de fortes chuvas, inundações e tentativas de violação do equipamento, por exemplo.
Em termos de software, também há inovação.
O aplicativo Vammo permite que os clientes verifiquem a todo momento quais estações de troca – permanentemente conectadas à internet – estão mais próximas de seu trajeto e, além disso, quantas baterias estão disponíveis. A fim de desbloquear a porta de um compartimento, basta um clique no aplicativo e conectividade mínima requerida no dispositivo do usuário.
A partir daí, o processo é intuitivo, simples e rápido. Em cerca de um minuto, o usuário tira da moto sua bateria descarregada e a substitui por outra totalmente carregada. No espaço vago do gabinete, o usuário deve deixar a bateria descarregada plugada, para recarregar.
“Realizamos a verificação e o diagnóstico da bateria recebida antes de liberar outra em poucos segundos, tornando-o um procedimento muito seguro devido à conexão das estações com IoT. Acreditamos que as estações de troca são a grande virada da chave para a eletrificação no Brasil. Considerando que o custo de operação de uma moto elétrica é 75% menor que uma moto a combustão”, explica Billy Blaustein, COO da Vammo.
“Também coletamos dados em tempo real da operação de carregamento de cada gabinete. Dessa forma podemos avaliar a saúde de cada bateria na rede, buscar eficiência energética e tornar nossa operação o mais sustentável possível.”
Sobre a Vammo
Fundada por Jack Sarvary, ex-Rappi, e Billy Blaustein, ex-Tesla, a Vammo chega para revolucionar o mercado de motocicletas elétricas na América Latina. Com a finalidade de reduzir as emissões de carbono e tornar a mobilidade mais acessível. Seu modelo de negócios consiste no aluguel de motocicletas elétricas e uma rede de estações que permitem que usuários possam trocar suas baterias descarregadas por outras prontas para uso imediato a um baixo custo de assinatura semanal.
Ex Leoparda Electric