Redução de imposto impacta locadoras
Redução de imposto impacta locadoras
O Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior (Gecex-Camex) anunciou em 30 de julho de 2025 duas medidas relevantes para o setor de locação de veículos:
- Isenção temporária do imposto de importação por seis meses para kits desmontados de veículos eletrificados (CKD e SKD), com alíquota zero e cota total de US$ 463 milhões (Serviços e Informações do Brasil).
- Antecipação da cobrança da tarifa máxima de 35%, que agora passará a valer a partir de janeiro de 2027, em vez de julho de 2028 como previsto anteriormente (Serviços e Informações do Brasil).
Impactos diretos para as locadoras
A medida de isenção deve permitir a importação de veículos eletrificados com custo significativamente menor durante o segundo semestre de 2025. Isso abre possibilidade para as locadoras ampliarem suas frotas com modelos elétricos e híbridos a preços mais competitivos.
Por outro lado, com a antecipação da cobrança da tarifa integral de 35% para janeiro de 2027, locadoras que não conseguirem importar dentro das cotas limitadas enfrentarão custos elevados no médio prazo.
Janela de oportunidade (agosto/2025 a janeiro/2026):
Locadoras podem incorporar veículos eletrificados com custo reduzido, fortalecendo a oferta sustentável e moderna.
Após o período de isenção, a tarifa cheia de 35% representa um aumento abrupto nos custos de importação, exigindo planejamento estratégico e adaptação de portfólio.
Além disso, a decisão atende parcialmente aos pleitos de montadoras como BYD e Anfavea, mas de forma limitada. As cotas temporárias foram concedidas, mas não houve flexibilização permanente das alíquotas para CKD/SKD.
A curto prazo, locadoras têm oportunidade clara de diversificar e atualizar a frota com modelos eletrificados de forma mais barata.
Contudo, o benefício é limitado em tempo e volume, e haverá pressão competitiva no mercado. Situação esta que pode afetar margens com reduções de preços de aluguel.
Por isso, é recomendável que as locadoras planejem a aquisição dentro das cotas disponíveis, avaliando cuidadosamente os custos pós‑período de isenção. Para além de 2026, é necessária maior atenção ao impacto da tarifa plena sobre renovação de frota e rentabilidade.
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