Serviços em Minas Gerais impulsionaram desempenho no Brasil

Serviços em Minas Gerais impulsionaram desempenho no Brasil. A alta foi de 8,3% acumulada até novembro de 2023.

Locação de automóveis também impulsiona serviços em Minas Gerais

Puxado pela locação de veículos e tecnologia da informação, o setor de serviços em Minas Gerais acumulou alta de 8,3% em 2023, resultado do desempenho até novembro. De acordo com dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Estado é a maior influência positiva no indicador geral. Fechou os primeiros nove meses do ano com avanço de 2,7% em relação a 2022.

Os destaques entre os grupos de atividades no acumulado de 2023 no Estado foram os serviços de informação e comunicação, com crescimento de 13,2%. Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correios, com variação positiva de 9%. E serviços profissionais, administrativos e complementares, com peso maior para o índice em Minas, com 8,4%.

A analista de pesquisas econômicas de Minas Gerais do IBGE, Alessandra Coelho, conta que os serviços de Tecnologia da Informação (TI). Os que são especialmente relacionado ao desenvolvimento e licenciamento de softwares, já vem crescendo desde a pandemia. Nessa ocasião o mundo foi forçado a ter uma estrutura digital para o trabalho a distância. “Desde a pandemia, o pós-pandemia imediato é um setor que tem tido taxas de crescimento significativas. Elas foram até maiores nesse período imediatamente pós-pandemia, mas continuam crescentes, agora num patamar um pouco menor que a gente viu em 2022, mas ainda crescentes. Ainda permanece nessa tendência, apesar de estar com um crescimento menos intenso”, disse.

Ela ressalta que a tendência de crescimento permanece, ainda que menos intensa, pela demanda tecnológica que permaneceu após o período, como o trabalho remoto em muitas empresas e o aumento do comércio eletrônico. O grupo de serviços da informação e comunicação cresceu 19,2% em novembro frente a outubro.

No acumulado dos últimos 12 meses, o setor de serviços em Minas Gerais registrou avanço de 8,5%, bem acima do resultado do País, de 3%.

Locação de automóveis também impulsiona serviços em Minas Gerais

Na comparação com o mês anterior, o indicador do Estado cresceu 0,4% em novembro, desempenho igual do Brasil. Já em relação ao mesmo mês do ano anterior, novembro de 2022, o Estado registrou evolução de 8%. Sendo, então, a maior influência no indicador nacional, que registrou recuou de 0,3%.

A analista do IBGE aponta que a locação de veículos, atividade situada dentro do subgrupo de serviços profissionais, administrativos e complementares, também se destaca. O setor tem um grande peso no índice de  serviços em Minas Gerais, pela concentração de locadoras no Estado. “Ainda que essa atividade seja regionalizada em termos da prestação de serviço, a apuração da receita muitas vezes é regionalizada e concentrada em Minas. E esse é um setor que tem, portanto, um sentido de uma influência positiva tanto no subgrupo que a gente divulga como no indicador geral de Minas”, explica Coelho.

Expectativa das locadoras de Minas

Inclusive, o presidente do Sindicato das Empresas Locadoras de Automóveis do Estado de Minas Gerais, (Sindloc-MG), Luciano Miranda, considera que o ano de 2023 foi um ano de retomada do crescimento do setor. Ele comenta estar otimista para este ano, principalmente com a continuidade da redução da taxa de juros pelo Banco Central. “2023 se deve muito ao fato de que a economia aconteceu de forma diferente das previsões, que a inflação seria maior, o crescimento seria menor, contribuindo ainda para esse crescimento a redução da taxa de juros. Nosso mercado demanda muito capital intensivo, então quanto mais alta a taxa de juros, pior é para a gente. Teve uma queda (da taxa) discreta, mas que já contribuiu um pouquinho para melhorar as aquisições por parte das locadores”, afirma.

O setor de locação de automóveis prevê que a economia brasileira manterá o desempenho do ano passado. Além da queda dos juros, iniciativas do governo federal, como o Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), também podem contribuir para uma evolução da atividade. “Acredito que é um somatório de coisas. O País demanda muita infraestrutura e a gente vê que, apesar dos pesares, o governo fala no projeto, no PAC, é mais financiamento para a gente. Acredito em uma perspectiva boa de crescimento”, finaliza Miranda.

 

Fonte: diariodocomercio.com.br

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