Vamos tem 17º trimestre consecutivo de crescimento, com receita de R$ 1,7 bi

A Vamos entregou o 17º trimestre consecutivo de crescimento de faturamento.

A companhia fechou os primeiros três meses de 2023 com receita líquida consolidada de R$ 1,7 bilhão, cifra 78% maior do que a registrada no mesmo período do ano anterior. O montante reflete a estratégia da companhia de ser uma oferta para quem precisa de um caminhão ou máquina agrícola: comprar, trocar ou alugar.

Inclusive, nos três meses encerrados em março, a divisão de locação de veículos superou, pela primeira vez, a receita de concessionárias. No detalhe, a receita líquida de locação foi de R$ 805,5 milhões, mais do que o dobro da registrada em 2022, e a de concessionárias foi de R$ 794 milhões, alta de 37,5%.

A construção de uma estratégia completa para atender às empresas se soma ao alto investimento em capex conduzido pela companhia. Em 2022, a companhia investiu R$ 5 bilhões principalmente em novos caminhões, um montante que deu a ela capacidade de fechar novos contratos — cuja receita começou a vir somente em janeiro de 2023. “Crescemos entre 70% e 90% a receita da companhia nos primeiros três meses do ano ao longo dos últimos três a quatro anos”, diz Gustavo Couto, CEO da Vamos.

Ao mesmo tempo que cresce, a companhia preserva rentabilidade.

A margem Ebitda caiu, ao longo dos últimos quatro anos (sempre comparando o primeiro trimestre), passando de 44% para 38,5%. No período de janeiro a março de 2019, não custa lembrar, a receita líquida da companhia era de R$ 273,8 milhões, cifra que cresceu mais de seis vezes desde então.

O Ebitda do primeiro trimestre daquela época foi de R$ 120,4 milhões. Agora, no primeiro trimestre de 2023, o indicador ficou em R$ 659,2 milhões, aumento de 82,3% em relação ao mesmo período do ano passado — e a margem se manteve relativamente estável, na casa dos 38%.

“Temos um modelo de negócio único, com uma oportunidade de crescimento no país sem igual. Isso se soma à maturidade que os negócios têm atingido. E, com mais escala, conseguimos girar mais rápido o estoque e melhorar yields, o que resulta em um balanço cada vez mais robusto”, diz Couto.

O ritmo de crescimento deve continuar nos patamares vistos até agora, na visão do executivo.

De acordo com os dados divulgados no primeiro trimestre, o estoque de ativos novos somou R$ 3 bilhões, sendo R$ 2,5 bilhões em caminhões (e máquinas agrícolas) disponíveis para locação. Hoje, o valor de mercado dos ativos está 47,7% maior do que o do momento da aquisição.

Com um estoque deste tamanho, a companhia vê espaço para crescer ao longo do primeiro semestre deste ano sem a necessidade de realizar novos investimentos. Não que a companhia esteja planejando um ano mais tímido. A meta, ao menos até o momento, é de aumentar os investimentos em 30% sobre o realizado no ano anterior (os R$ 5 bilhões).

“Tenho estoque para continuar crescendo sem comprar mais caminhão pelos próximos três meses. Mas, daqui a 90 dias, mais ou menos, vamos avaliar esse compromisso com o nosso conselho. É claro que tudo está sujeito às condições que vamos encontrar daqui até lá, mas acredito que temos muito espaço para aumentarmos de tamanho”, diz Couto.

Nesta quarta-feira, inclusive, a companhia realizou mais um investimento em crescimento inorgânico.

A compra de 100% da DHL Tratores, por meio da divisão de máquinas agrícolas, consolidando a companhia como a maior rede de concessionárias Valtra da América do Sul. O investimento foi, ao todo, de R$ 93,1 milhões.

A confiança no potencial a ser explorado no país tem razão de ser. O modelo de negócio de locação, hoje, economiza em 30% os custos de uma empresa em relação a comprar o caminhão, de acordo com a companhia. Em momento de preservação de caixa de empresas em todo o país, esse já é um ponto atrativo.

O outro tem a ver com a idade da frota no Brasil. No país, o recorde de venda de caminhões aconteceu em 2011, em que foram emplacados 170 mil veículos. Hoje, o Brasil tem uma frota superior a 3,5 milhões, com uma idade média de 21 anos. “Se a velocidade de compra de caminhões fosse igual à de 2011, demoraria 20 anos pra renovar a frota toda”, diz Couto.

De olho em aproveitar esse potencial de crescimento, a companhia tornou a estrutura de capital mais robusta neste primeiro trimestre.

A Vamos fez uma captação de R$ 2 bilhões, sendo R$ 1,3 bilhão em contratos bilaterais com bancos e emissão de CRA, e os R$ 700 milhões restantes em uma operação de venda de recebíveis non-recourse.  Hoje, a relação entre dívida líquida e Ebitda da companhia está em 3,23 vezes.

“Nossa geração de caixa é muito forte. A alavancagem que temos hoje é fruto de crescimento acelerado, em que antecipei formação de estoque que ainda não está receitando. À medida que ele começa a ser alugado, a companhia gera receita e aumenta Ebitda sem precisar colocar capex novo no primeiro semestre”, diz Couto.

Em um ano tão duro para o empresariado brasileiro, a Vamos não vê a crise chegar. Crescer com economia pujante é melhor, na visão do CEO. Mas não se trata de um fator essencial para a companhia continuar aumentando de tamanho de forma rentável, como a empresa mostrou ao longo dos últimos anos. A meta é continuar sendo a exceção.

Fonte: exame.com

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