Pagar para usar funções de seu carro pode ser uma realidade em breve
Os carros estão cada vez mais tecnológicos e conectados, como se fossem verdadeiros smartphones e computadores sobre quatro rodas.
Pense no seguinte cenário: você compra o automóvel com todos os opcionais e os ativa mediante um pagamento ou assinatura. Será que vai valer a pena ter um automóvel nessas condições, ou é melhor simplesmente alugá-lo ou fazer uso de um serviço de empréstimo mensal?
E com o avanço desses produtos, é natural que muitas facilidades comecem a surgir, como itens de entretenimento e conforto totalmente automatizados e alinhados com o que há no mundo fora do automóvel. Mas e se te disséssemos que, um dia, você terá de pagar para usar, por exemplo, o sistema de resfriamento dos bancos ou até mesmo a câmera de ré? Bem, é para esse caminho que a indústria pode estar indo.
Muitas empresas já oferecem atualizações over-the-air para seus carros.
Tesla, BMW, Mercedes e Volkswagen, por exemplo, usam desse expediente quando precisam modificar alguma coisa no veículo, seja para atualizar alguma calibração de motor e suspensão ou até mesmo a equalização do sistema de som. Isso, claro, tem um custo e as montadoras vão se aproveitar disso.
Alguns analistas de mercado têm observado esse movimento, sobretudo na Alemanha. A Volkswagen, por exemplo, está investindo pesado em carros mais tecnológicos por lá, como a linha ID de veículos elétricos. Segundo o Automotive News, a montadora deve implementar um sistema de atualização online para esses veículos que deve cobrar para “desbloquear” algumas funções dentro dele, ou até mesmo lançar planos de assinatura.
Alguns carros da BMW já podem ser atualizados online, além de interagirem com a Amazon Alexa
Isso pode acontecer, por exemplo, com os pacotes de segurança semiautônomos. Com as plataformas já preparadas para ativarem essa série de funcionalidades, bastaria o proprietário do carro passar seu cartão de crédito na central do veículo e comprar o pacote imediatamente.
Aqui no Brasil isso já acontece, mas em menor escala. A General Motors, por exemplo, foi a primeira empresa a trazer conexão Wi-Fi nativa para todos os seus veículos. Isso, porém, só é possível mediante o pagamento de uma assinatura da operadora Claro. A BMW, por sua vez, já faz atualizações over-the-air em praticamente toda a linha, mas ainda não cobra pela maioria dos serviços. Já o Grupo Stellantis, por meio da Fiat e da Jeep, lançou sua plataforma de conectividade e serviço veicular, que ajuda na recuperação do carro em caso de roubo e também oferece internet a bordo.
Se o que está acontecendo na Alemanha se popularizar e virar uma tendência, não duvide que isso também acontecerá por aqui.
Pense no seguinte cenário: você compra o automóvel com todos os opcionais e os ativa mediante um pagamento ou assinatura. Será que vai valer a pena ter um automóvel nessas condições, ou é melhor simplesmente alugá-lo ou fazer uso de um serviço de empréstimo mensal?
A tecnologia e a conectividade são mais do que positivas para o mercado automotivo, são essenciais. Mas o que manda ainda é a rentabilidade. É esperar para ver.
Fonte: The Truth About Cars
Fonte: canaltech.com.br