Aplicativo para compartilhar carros começa expansão pelo país

A paulistana moObie está presente em todas as capitais brasileiras. Agora, seu app estará disponível para os mais de 5.000 municípios do país

Compartilhar o próprio carro ainda é um costume para poucos — mas plataformas como a moObie não só acreditam na tendência, como se preparam para expandir o serviço pelo país. Após um investimento de 15 milhões de reais, a startup paulistana que conecta donos de automóveis subutilizados a motoristas que não podem ou querem adquirir o próprio carro liberou seu aplicativo para os mais de 5.000 municípios brasileiros.

Até o final do ano, a moObie planeja mais uma rodada de captação de investimentos para consolidar a expansão de sua solução de compartilhamento de carros, ou car sharing. Com o pé no acelerador, projeta dobrar o número de usuários e carros cadastrados.

No meio dessa estrada, porém, estão competidores de todos os lados e uma batalha para convencer os donos de automóveis a compartilhar.

Inspiração e concorrência

Ao criar a moObie, a empreendedora Tamy Lin lembrou de uma de suas primeiras experiências de trabalho, ajudando na elaboração de um plano diretor para a mobilidade de passageiros no Departamento de Estradas e Rodagem de São Paulo. “Minha vontade vem daí, associada a uma longa experiência no setor empresarial”, afirma. Lin fez um estágio de verão na sede do Google, em Mountain View, e depois trabalhou como analista e diretora em multinacionais como Telefônica, Boston Consulting Group e Smiles.

Como inspiração, Lin cita as plataformas americanas de compartilhamento de carros entre usuários Getaround e Turo. A Getaround já recebeu 403 milhões de dólares em investimentos (na cotação atual, cerca de 1,5 bilhão de reais), enquanto a Turo recebeu 187,4 milhões de dólares (711 milhões de reais).

Até o momento, a moObie captou 15 milhões de reais em aportes de quatro investidores-anjo. Alguns de seus competidores brasileiros são a Zazcar (7,5 milhões de reais em aportes) e a Turbi (4,9 milhões de reais).

Outra frente de competição são montadoras como BMW, Nissan e Volskwagen, interessadas em terem seus próprios serviços de carsharing diante da competição de empresas oferecendo a mobilidade como um serviço, e não como um produto. A moObie já realizou um piloto com a montadora Toyota, com 12 veículos.

Ainda há obstáculos mentais para que as pessoas queiram compartilhar seus automóveis. Segundo um estudo da consultoria PwC, 53% das pessoas entrevistadas reconhecem que poderiam ter menos preocupações usando um automóvel compartilhado do que tendo o próprio. Mesmo assim, 73% prefere pagar pelo próprio veículo. Fora do peer to peer, a competição talvez mais conhecida sejam as locadoras de frota própria, como Localiza e Movida.

 

Fonte: Exame

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