Após 19 semanas em queda, projeção para o PIB volta a subir

SÃO PAULO – Depois de 19 semanas em queda, a estimativa para o crescimento da economia brasileira neste ano voltou a subir, segundo o boletim Focus, do Banco Central. Enquanto a projeção para a atividade teve uma ligeira melhora, a expectativa para a inflação se deteriorou novamente e agora está bem próxima do teto da meta definida pelo governo, de 6,5%.
Quanto à atividade, a mediana das estimativas para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) subiu de 0,24% para 0,28% neste ano. Para 2015, a projeção seguiu em aumento de 1%. Apesar do ligeiro aumento para a estimativa deste ano, a taxa ainda está próxima do que espera organismos como o Fundo Monetário Internacional (FMI), que na semana passada reduziu sua projeção para o Brasil de 1,3% para 0,3%, ritmo bem abaixo do estimado para a economia dos emergentes em geral (4,4%) e mundial (3,3%). O governo estima crescimento de 0,9%.
As estimativas para a indústria voltaram a cair. A mediana das projeções para a produção deste ano mostra queda de 2,16%, um pouco mais intensa que a de 2,14% estimada na semana anterior. E para 2015, a projeção passou de aumento de 1,40% para expansão de 1,30%.
Enquanto isso, a expectativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu, de 6,32% para 6,45% neste ano. Para 2015 e em 12 meses, as taxas seguiram em 6,30% e 6,38%, respectivamente. Também não foi alterada a estimativa para o IPCA de outubro, de 0,50%. O ajuste na mediana da inflação deste ano ocorre após a divulgação do IPCA de setembro, que subiu 0,57%, taxa acima do esperado. Em 12 meses, o IPCA marcou alta de 6,75%.
Apesar de esperar inflação mais alta, os analistas consultados pelo BC não alteraram as apostas para a Selic, de 11% neste ano e de 11,88% ao fim de 2015. Entre os analistas Top 5 – os que mais acertam as previsões – a expectativa se deteriorou mais. A mediana de médio prazo para o IPCA deste ano subiu de 6,31% para 6,51%, com taxa Selic de 11%. Para 2015, a mediana recuou de 6,40% para 6,38%, com Selic em 12%.
Por Ana Conceição, Do Valor Econômico.

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