Banco Central: IBC-Br sobe 0,27% em agosto, ante julho, com ajuste sazonal
BRASÍLIA – A economia brasileira apresentou expansão pelo segundo mês consecutivo. Pela métrica do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) a atividade cresceu 0,27% em agosto, na série com ajuste sazonal, seguindo alta de 1,52% em julho (dado revisado de 1,5%).
A variação mensal ficou abaixo da projeção média feita pelas 20 instituições consultadas pelo Valor Data, que sugeria alta de 0,5% para o indicador. O intervalo de projeções variava entre queda de 0,1% a avanço de 0,7%.
A previsão feita pelas instituições ouvidas pelo Valor Data levou em consideração a alta de 0,7% da produção industrial no mês de agosto e o resultado das vendas no varejo restrito, que apontou avanço de 1,1%.
Sobre agosto do ano passado o IBC-Br aponta baixa de 1,35% na série sem ajuste (baixa de 0,15% com ajuste). No ano, a retração é de 0,11% sem ajuste (alta de 0,4% com ajuste). Em 12 meses, o avanço é de 0,88% (0,93% com ajuste). Devido às revisões constantes do indicador, o IBC-Br medido em 12 meses é mais estável do que a medição mensal, assim como o próprio PIB.
O indicador do BC leva em conta a trajetória das variáveis consideradas como bons indicadores para o desempenho dos setores da economia (agropecuária, indústria e serviços). A estimativa do IBC-Br incorpora a produção estimada para os três setores acrescida dos impostos sobre produtos. O PIB calculado pelo IBGE, por sua vez, é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país durante certo período.
No Relatório de Inflação de setembro, o BC projetou crescimento do PIB de 0,7% em 2014, dado revisado de 1,6% (a projeção inicial era de 2%). Os analistas consultados para a confecção do boletim Focus estimam avanço de 0,2 8%. E o Ministério da Fazenda trabalha com crescimento de 0,9%.
Por Eduardo Campos, do Valor Econômico.