Um em cada três carros novos vendidos no Brasil em 2023 é financiado

Juros altos, instabilidade econômica e aumento dos preços dos carros atrapalham as vendas, mas setor já movimentou R$ 47 bilhões em 2023

 

Em cada três carros novos vendidos no Brasil, um é financiado. É o que aponta o último balanço da Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras (Anef) com os resultados do primeiro trimestre de 2023.

Segundo a Anef, vendas de automóveis à vista correspondem a 61% das aquisições de carros novos. Esses números de vendas impulsionadas por locadoras. Já o pagamento com financiamentos representou 34% no período. Ou seja, um em cada três veículos foram financiados.

Ao todo, R$ 47 bilhões foram liberados por bancos e instituições financeiras, representando alta de 5,2% sobre o ano passado.

Paulo Noman, presidente da Anef, diz que o período é desafiador para aumentar as vendas financiadas. “A manutenção da taxa Selic em 13,75%, a instabilidade econômica e a constante elevação dos preços têm assustado e afastado novos clientes”, diz o executivo.

Apesar das restrições da concessão de crédito para a compra de carros novos, os bancos buscam alternativas para aumentar o número de financiamentos. “O objetivo é encontrar formas de fazer com que o consumidor fique mais confiante. E, ao mesmo tempo, os bancos consigam manter a sua rentabilidade”, afirma Noman.

Comparando os números gerais do primeiro trimestre de 2023 com o ano passado, as vendas financiadas estão estáveis em 34%. As vendas por consórcio avançaram de 4% para 5%. Enquanto as vendas à vista registraram uma pequena redução, de 64% para 61%.

Os financiamentos vão ficar mais baratos e acessíveis no futuro?

Noman diz que os financiamentos mais acessíveis dependem de uma cadeia de acontecimentos. Tais como a saúde financeira do país e novos planos do governo para garantir veículos mais em conta.

“O brasileiro não quer um carro menos seguro e tecnológico, ainda que ele seja barato como os antigos pé-de-boi”, diz o executivo. “O governo precisa garantir que o carro fique mais barato sem comprometer o produto”.

Sobre a taxa de juros, que reflete diretamente no financiamento dos carros, Noman enxerga uma luz ao fim do túnel. “O mercado vê espaço para uma redução futura da taxa Selic, mas ela ainda não começou”, afirma.

Fonte: autoesporte.globo.com

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