Volkswagen terá serviço de carro elétrico compartilhado em São Paulo

Projeto de carro compartilhado encabeçado pela Volkswagen com outras montadoras vai criar um ecossistema para elétricos na cidade de São Paulo.

A Volkswagen está trabalhando em parceria com cinco montadoras para criar um ecossistema de recarga de carros elétricos em São Paulo para 2021. O projeto está sendo feito em parceria com uma empresa de energia, mantida sob sigilo, e tem como grande foco um serviço de carros compartilhados na cidade.

O modelo seguido será o da VW de Berlim, chamado de WeShare. Nele, o consumidor pode optar por um Golf ou Up! elétricos, cobrindo uma área de 150 km². São mais de 70 pontos de recarga em lojas das marcas Lidl e Kaufland, que são redes varjistas. O custo para o cliente é de 19 centavos de euros por minuto.

Uma boa medida de que um programa sólido de compartilhamento de carros pode funcionar bem é o número de cadastrados na Alemanha. Em 2010, apenas 180 mil pessoas estavam aptas a usar o serviço. Hoje, são 2,46 milhões de usuários cadastrados.

No Brasil, assim como na Alemanha, parece que o e-Up! será o modelo escolhido para energizar o projeto. Durante a abertura do Salão de Frankfurt, na semana passada, o presidente e CEO da Volkswagen América Latina, Pablo Di Si, pareceu muito animado com o carro: “Adorei esse Up! elétrico. Me reuni com meu time e disse que precisamos deste carro no Brasil, mas que precisamos levantar ele’”.

O levantar a que di Si se refere é a altura em relação ao solo do carro. Como as baterias ficam embaixo e as ruas brasileiras não são lá as mais lisas do mundo, isso poderia gerar problema de conforto a bordo.

O e-Up! tem motor que elétrico que gera o equivalente a 83 cv. Sua autonomia varia de 180 a 260 km, com 16h de recarga em uma tomada caseira. Duas horas em uma de 40 watts.

Elétrico precisa de escala

Segundo o executivo, para um programa de carros elétricos funcionar no Brasil, o País precisará ter escala e um ecossistema minimamente preparado. “Foi assim como o celular, que era caro e escasso no início, e é assim com o carro elétrico. Mas ele vai se popularizar, é um caminho sem volta”.

Di Si, inclusive, foi mais longe, e disse que a América Latina precisa rapidamente criar um jeito de gerar energia para os carros com o etanol, pois senão iremos ficar com projetos presos na região por causa deste crescimento do elétrico. “Agora não há um risco sério, mas daqui a 15 anos não terá mais o que fazer se não investirmos no carro elétrico na América Latina em breve”.

Toyota lançou sistema similar

A Toyota, grande rival mundial da Volkswagen, já está operando um serviço de programa de aluguel de carros, chamado de Mobility Services, no Brasil. Ele é mais simples, pois usa o Corolla híbrido, que não precisa de recarga, mas igualmente interessante.

FONTE: jornal do carro

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