Movida entrega resultados fortes e ações estão com desconto de 40%; hora de comprar?
A Movida passou por cima da segunda onda da Covid e entregou mais um resultado forte no primeiro trimestre, provando a resiliência das locadoras de automóveis, já demostrada no ano passado.
A terceira maior empresa do setor viu o seu lucro subir 97,8% em relação ao primeiro trimestre do ano passado
A Movida (MOVI3) passou por cima da segunda onda da Covid e entregou mais um resultado forte no primeiro trimestre, provando a resiliência das locadoras de automóveis, já demostrada no ano passado.
A terceira maior empresa do setor viu o seu lucro subir 97,8% em relação ao primeiro trimestre do ano passado, para R$ 109,5 milhões. O número ficou 7% acima das expectativas do BTG.
Apesar disso, a receita líquida caiu 20%, indo a R$ 804,9 milhões, 7% abaixo das projeções do banco.
“Indicamos que não houve ajustes pontuais neste trimestre, embora a base de comparação anual tenha sido poluída devido a impactos positivos pontuais no ano passado. Excluindo esses, o crescimento no ano teria sido ainda maior”, afirmaram os analistas Lucas Marquior, Fernanda Recchia, Ricardo Cavalier e Luiz Temporini.
Com as cifras, a alavancagem aumentou ligeiramente para 3,2 vezes a dívida líquida sobre o Ebitda dos últimos 12 meses, ante 2,7 do último trimestre.
A equipe do banco vê a Movida negociada a atrativos 14,6 vezes o preço sobre o lucro de 2021 e 8,1 vezes o EV/Ebitda (que mede o valor da empresa), 40% e 28% de descontos para as médias do setor, respectivamente.
Aluguel de carros brilha
De acordo com o Safra, o segmento de aluguel de carros (RAC) foi o destaque nos números. A receita líquida cresceu 12% no ano, para R$ 365 milhões.
“O aumento de receita da RAC foi impulsionado principalmente por conta do salto de 14% no número de aluguéis diários, para 5 milhões, que aumentou em 4,1 pontos percentuais”, afirma o analista Luiz Peçanha.
Por outro lado, a receita de seminovos caiu 51% por conta da redução de 62% no número de carros vendidos, para 5,3 mil, mas parcialmente compensado pelo aumento de 29% no preço médio dos veículos vendidos, o que levou a uma margem Ebitda recorde de 13,2%.
A Ágora também destaca a adição líquida de 4.145 carros no primeiro trimestre.
“Conforme comprovado pela recuperação mais rápida do que o esperado, sua história de crescimento de longo prazo está bastante intacta, combinando expansão da frota e melhor execução para fechar o gap em relação a seus principais pares”, argumenta o BTG.
Veja as recomendações:
Corretora | Preço-alvo | Potencial de alta | Recomendação |
Ágora | Compra | 73% | R$ 30 |
BTG | Compra | 44% | R$ 25 |
Safra | Compra | 29% | R$ 22,50 |
Fonte: Money Times