Unidas retoma oferta de ações, mas operação deve sair só em 2017

Depois de duas tentativas frustradas para lançar suas ações na bolsa de valores desde 2007, a locadora de veículos Unidas se prepara para uma nova investida no começo de 2017. A Unidas informou ter protocolado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) um pedido de registro de oferta de distribuição primária e secundária de ações ordinárias (ON), após os acionistas da locadora de automóveis terem aprovado, em assembleia, a realização da operação. A listagem dos papéis da Unidas será feita no Novo Mercado, segmento com regras diferenciadas de governança da BM&FBovespa.
A operação deverá contar com os melhores esforços de dispersão acionária, isto é, com uma reserva de pelo menos 10% da operação a acionistas de varejo, por ser feita no âmbito da Instrução nº 400 da CVM.
O preço por ação na oferta será fixado após o procedimento de coleta de intenções de investimento com o mercado, o chamado “bookbuilding”, a ser realizado exclusivamente junto a investidores institucionais pelos coordenadores da operação.
A gigante americana de locação de veículos Enterprise Holdings funcionará como uma espécie de investidor âncora na oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) da Unidas.
No fim de outubro, a Enterprise Holdings anunciou o fechamento de um acordo para comprar 20% da Unidas, por um valor não divulgado.
Segundo o Valor apurou, os acionistas da Unidas – os fundos de private equity Kinea, Vinci e Gávea e a portuguesa Principal Guest – optaram por trazer primeiramente um sócio estratégico antes de iniciar o IPO por acreditarem que isso pode funcionar como um atrativo para novos investidores. A americana Enterprise fatura mais de US$ 20 bilhões por ano.
A estreia da locadora de veículos Unidas na bolsa de valores só deve acontecer no começo do próximo ano, em uma operação que deve trazer recursos novos para a companhia e também dar saída para alguns de seus investidores atuais.
A oferta de ações da Unidas deve acontecer quase que ao mesmo tempo que o IPO de outra empresa de locação de veículos, a Movida, do grupo JSL. O setor é liderado pela Localiza, que já é listada em bolsa.
Segundo comunicado divulgado pela empresa, a oferta será feita sob coordenação dos bancos Itaú BBA, J.P. Morgan, Bank of America Merrill Lynch (BofA) e Haitong Banco de Investimento do Brasil.
Ainda de acordo com o comunicado, a quantidade de ações a ser inicialmente ofertada poderá ser acrescida em até 20%, além de um lote suplementar com até 15% a mais de papéis em relação à quantidade original, a critério da companhia ou dos acionistas vendedores – os gestores de fundos GIF, Kinea I, Kinea II, Principal e Vinci.
Fonte: Valor Econômico

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