Alta no preço de automóveis proporciona oportunidade de negócios para montadoras interessadas em explorar aluguel de carros

Com dificuldades advindas da pandemia de Covid-19, serviço tem se popularizado e crescido no país.

 

O mercado automotivo, assim como muitos outros setores da economia brasileira, tem sido fortemente afetado pela atual crise sanitária, decorrente do novo coronavírus. Segundo dados reunidos pela Kelley Blue Book (KBB), consultoria automotiva, os seminovos tiveram um aumento de mais de 1,5% em janeiro deste ano, enquanto os 0 km tiveram alta de 0,84%.

A falta de peças e o fator câmbio estão entre as principais origens dessa mudança.

Quando um carro é posto para venda, lhe é atribuído o seu valor de custo ajustado, de acordo com o valor das peças para fabricá-lo. Logo, se o real se desvaloriza, as peças importadas se tornam mais caras e o valor é repassado ao consumidor final.

E se torna ainda mais difícil conseguir essas peças quando a economia global se encontra instável e o mercado começa a esfriar. Nas últimas semanas já foram anunciados os fechamentos temporários de até dez montadoras de marcas como Chevrolet, Volkswagen e Nissan.

Em frente a esse desafio de manter as portas abertas, mesmo com o inevitável aumento no valor de ambos, causado em grande parte pelo aumento nos seminovos, as montadoras têm recorrido a uma solução ainda nova no país, mas que se mostra altamente rentável e versátil.

O aluguel de carros se torna cada dia mais chamativo ao consumidor.

Com a crescente quantidade de funções realizadas, através do home office, o já citado aumento nos preços e a mudança de planos financeiros, fica muito mais interessante substituir a posse por apenas o uso.

Com uma assinatura de carros, o consumidor fica responsável apenas pelo abastecimento e eventuais multas. Imposto, seguro e manutenção ficam por conta da locadora, e os veículos podem ser usados por até três anos em planos de assinatura mais confortáveis do que parcelas de compra e administração.

Enxergando a possibilidade nesse mercado, montadoras têm buscado preencher a demanda pelo serviço, e, tanto elas, quanto as locadoras, podem se beneficiar. As montadoras, em especial, podem encontrar uma nova fonte de receita nesse mercado e ainda o utilizar para abastecer o mercado de seminovos, vendendo os seus próprios carros para concessionárias.

O setor é relativamente novo no Brasil, tendo grande parte das suas operações surgido durante a pandemia, em 2020.

Neste ano, segundo dados da Abla (Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis), a frota total das locadoras atingiu 1.007.221 veículos – maior índice já registrado.

Atualmente, montadoras como Jeep, Fiat e Renault já possuem a opção disponível para os clientes. A tendência é que o crescimento continue, que mais montadoras passem a oferecer o serviço e se beneficiem da receita, que não só garante estabilidade, como abre portas para novas oportunidades de negócio.

Fonte: Jornal Dia Dia

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