Turbi, de aluguel de carros por hora, se prepara para crescer
Fundada em 2017, a Turbi passou por desafios durante a pandemia, principalmente neste ano. Com a falta de componentes para a produção de veículos, a alta no valor dos seminovos e a crise econômica, a startup que aluga carros por hora se viu em um momento delicado. “Mas nos destacamos mesmo assim”, conta a PEGN Diego Lira, cofundador e CEO da empresa.
Capitalizada, com apoio total dos investidores e vinda de um 2020 com faturamento de R$ 22 milhões, a empresa aproveitou o momento para tirar o pé do acelerador em relação à expansão regional e focar na revisão dos processos internos da companhia. “O que a gente fez foi ajustar a ambição de ir para outras capitais. Em razão da dificuldade logística e sanitária, não fazia sentido correr esse risco”, diz Lira.
Crescer para perto
A saída, conta o empreendedor, foi “crescer para perto”. Em vez de sair do Estado de São Paulo, a Turbi passou a operar em municípios vizinhos à capital paulista, como Guarulhos, Santo André, São Bernardo, São Caetano, Osasco, Barueri e Taboão da Serra. “Usamos esse período para embarcar tecnologia no negócio e nos prepararmos para a próxima onda de crescimento.”
A estratégia deu certo. Segundo Lira, a expectativa é encerrar 2021 com um faturamento de R$ 50 milhões — meta que já foi praticamente batida. Com isso, será possível retomar a ambição pausada em razão da pandemia. “Há um gargalo de crescimento”, afirma o fundador. A diferença é que, dessa vez, a Turbi terá mais cautela. “Podemos fazer uma análise mais cadenciada, sem crescer de forma nociva.”
Foco na América Latina
Para o futuro, a empresa segue interessada em grandes capitais ou regiões populosas, com mais de 400 mil habitantes. A Turbi também já olha para fora do Brasil, com foco na América Latina. “Seguimos um playbook capaz de funcionar em muitas cidades”, diz Lira. Para dar conta dessas mudanças, a startup quer aumentar seu time, que hoje conta com cem pessoas.
Sobre a possibilidade de uma nova rodada, o empreendedor entende que ainda não é hora — mas até o fim do primeiro semestre de 2022 pretende abrir uma captação. “O mercado está muito líquido. Devemos passar por uma injeção de capital no futuro”, afirma.
Turbi se prepara para crescer
Fonte: revistapegn.globo.com