Viagens corporativas crescem 15% na comparação com junho de 2019

Um destaque em junho foi o vigoroso crescimento do modal rodoviário, com expansão de 168% comparado a 2019. Também a locação de veículos mostra forte recuperação, 116% acima em relação ao mesmo mês de 2019. 

 

No semestre, queda é de 13,8%, puxada pelo desempenho do segmento internacional, ainda abaixo da média de 2019, mostra pesquisa da Abracorp

O setor de viagens corporativas manteve seu ritmo de recuperação neste ano e fechou junho com um faturamento de R$ 972 milhões, 15% superior ao mesmo mês de 2019, antes da pandemia da covid-19. Em comparação a junho de 2021, o aumento foi de 227%.

No primeiro semestre deste ano, os números ainda estão abaixo de 2019. O faturamento consolidado do setor ficou 13,87% abaixo em relação aos primeiros seis meses de 2019, principalmente em função do desempenho das viagens internacionais, com volume 27% inferior em relação a 2019. Os dados são da pesquisa da Associação Brasileira de Agências de Viagens Corporativas (Abracorp) feita com seus 24 associados.

Apesar dos resultados, a Abracorp mantém sua previsão de um bom crescimento em 2022. “Acreditamos que fecharemos o ano 20% acima de 2019”, afirma Gervásio Tanabe, presidente executivo da entidade. Tanabe aposta em uma receita em alta no segundo semestre, influenciada notadamente pelas passagens aéreas, cuja demanda mantém tendência de elevação e têm um peso importante no setor como um todo. A tarifa média do segmento aéreo nacional foi R$ 1.128,86 em junho, contra R$ 810,53 em 2019, uma variação positiva de 39%.

Um destaque em junho foi o vigoroso crescimento do modal rodoviário, com expansão de 168% comparado a 2019. Também a locação de veículos mostra forte recuperação, 116% acima em relação ao mesmo mês de 2019.

O setor de agências de viagens chegou a perder em torno de 50% dos empregos entre 2019 e 2021, em razão da retração das viagens corporativas. Em 2022, porém, na avaliação da Abracorp, já se espera uma recuperação dos empregos, que vêm sendo retomados desde o início deste ano.

Um dos principais desafios pela frente, segundo Tanabe, é exatamente conseguir trazer esses trabalhadores de volta ao setor de viagens corporativas e alcançar o equilíbrio sustentável diante da alta dos custos na atividade.

Outros destaques:
  • A Azul lidera no segmento aéreo doméstico em jun de 2022, com 33,9%, seguido da Gol, com 33,3%, e a Latam, com 32,5%.
  • A tarifa média do segmento aéreo nacional foi R$ 1.128,86, contra R$ 810,53 em 2019, uma variação positiva de 39%.
  • A Rede Accor mantém-se como a principal operadora hoteleira, com mais de 591 mil room nights no 1º semestre 2022. No setor, enquanto o faturamento manteve-se estável, as diárias caíram 7,9% no segmento, com uma elevação da diária média em torno de 8%.
  • O segmento de locação cresceu 78,6% no semestre; a Localiza deteve 53% de market share, seguida da Movida, com 27,3%.
  • O modelo de pagamento faturado cresceu 3,8%, representando 36,1% do total dos meios de pagamento nesse 1º semestre. A Mastercard detém 18,2% de market share, seguida pela American Express, com 15,4%, entre os cartões de crédito.
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