Entenda o cenário das locadoras em meio à crise das montadoras

Cerca de 300 mil veículos, em relação ao que foi estimado no início de 2021, deixarão de ser produzidos no Brasil este ano devido à falta de componentes eletrônicos nas linhas de montagem.
A expectativa é da Anfavea, entidade que reúne as montadoras.

 

 

Para 2022, a Anfavea estima que o gargalo em relação à escassez de chips deve continuar e prevê a retomada completa do fornecimento apenas em 2023.

As locadoras poderiam aumentar ainda mais seu crescimento se a oferta de carros novos no mercado fosse maior. Mas, por enquanto, não há sinal de alerta. As grandes empresas desse setor, como Localiza (SA:), Unidas (SA:) e Movida (SA:), têm conseguido repassar os preços ao consumidor conforme observado nos balanços operacionais do terceiro trimestre.

As locadoras adquiriram menos veículos novos este ano e estão com bastante caixa, o que as deixa preparadas para um cenário mais desafiador no próximo ano.

O comportamento das locadoras na última crise

Na crise de 2014 e 2016, por exemplo, o Brasil enfrentava um período de recessão econômica. Vimos movimentos de alta dos e do , devido à recessão, com as atividades econômicas sendo impactadas.

Nesse mesmo período, as empresas Localiza (RENT3) e Unidas (LCAM3) já tinham capital aberto na Bolsa de Valores brasileira, a B3 (SA:).

Unidas

A Unidas, por exemplo, registrou crescimento do Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) em todos os anos, com exceção do primeiro semestre de 2014, e o lucro apenas sofreu uma pequena queda nesse mesmo ano.

Esse desempenho mostra a resiliência de LCAM, que não viu impacto significativo com a alta dos juros e do dólar em seus resultados.

Em 2018, nossa analista cita um boom nos resultados da companhia, ao realizar a maior fusão da história do setor (até o momento) entre a Locamerica (SA:) e Unidas, o que elevou a companhia a um novo patamar.

Olhando para o mesmo período, houve uma dinâmica parecida de crescimento de Ebitda e lucro de Localiza. Os quais foram mais ou menos constantes durante a crise.

A Localiza apresentou um crescimento parecido ao seu par.  Sofrendo com a redução do IPI e pelo aumento da competição no GTF em 2012. Depois, teve que lidar com uma recessão entre 2015 e 2016.

Mais adiante, de 2017 a 2019, ambas as companhias deslancharam; Apresentando forte crescimento e sendo apenas impactadas pela pandemia.

Com isso, entendemos que as locadoras são capazes de continuar crescendo.  Mesmo em momentos de crise e de recessão econômica.

 

plugins premium WordPress
Receba as últimas notícias

Assine a nossa news gratuitamente.
Mantenha-se atualizado com
as notícias mais relevantes diretamente em seu e-mail.