Movida (MOVI3) compensará juros com aumento dos aluguéis?

O setor de locação está em plena ascensão no mercado brasileiro. As empresas do segmento no país navegam num oceano azul acompanhando a tendência de encurtamento da defasagem em relação aos mercados desenvolvidos.

A Movida (MOVI3) é uma das mais bem posicionadas.

 

Há duas semanas, a companhia integrante da holding Simpar (SIMH3) divulgou seu resultado no segundo trimestre deste ano, com números considerados neutros pelo mercado. Por um lado, o consenso é de que o operacional da Movida segue sólido.

A frota da empresa cresceu 54,1% em 12 meses, para 207 mil veículos. Ainda assim, a receita da empresa cresceu 89,8%, para R$2,4 bilhões, sendo que o faturamento relacionado à operação de aluguel de veículos, carro-chefe da empresa, dobrou na comparação anual.

Por outro lado, o aumento da taxa de juros no país deu gás às despesas financeiras, que se materializam no pagamento de juros sobre o endividamento.

Essa linha do resultado financeiro foi de R$ 515,8 milhões no segundo trimestre, alta de 115% em 12 meses e 605,6% em 24 meses. Hoje, a dívida líquida é três vezes maior que o Ebitda acumulado dos últimos 12 meses.

Como o lucro líquido vem logo abaixo, ele acabou não acompanhando o bom desempenho da receita. Entre abril e junho deste ano, a Movida lucrou R$ 186,8 milhões. O menor montante desde o segundo trimestre do ano passado (período em que teve um resultado líquido apenas 7% menor).

A rentabilidade da empresa, dada pela margem líquida (resultado da relação entre o lucro e a receita líquida), ficou em 17,3%. O menor patamar desde o terceiro trimestre de 2020.

As linhas de receita são, prioritariamente, três:
  • RAC (rent a car, ou aluguel de veículos), que tende a ganhar tração;
  • GTF (gestão de terceirização de frota), que também tem um mercado a ser desenvolvido;
  • Seminovos, que acelerou durante a pandemia e tende a encontrar uma normalização.

Com o cenário traçado, como a companhia fará para compensar o contexto macroeconômico incerto? Aumento do tíquete médio? Venda de seminovos a preços mais elevados?

Essas e outras questões serão respondidas pelo CFO da Movida, Edmar Lopes, na TradeLive desta semana. Clique aqui para acionar o lembrete e não se esqueça de participar com suas dúvidas!

Setor de locação está em plena ascensão
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