Movida vive momento promissor no mercado brasileiro
Vale lembrar que, desde então, a Movida adquiriu a CS Brasil, especializada em aluguel de frotas, movimento considerado essencial para bater a audaciosa meta de dobrar o tamanho até 2023. Essa estratégia também fortalece a frente de assinaturas de veículos para pessoas físicas, que deverá se tornar a principal fonte de receita da empresa nos próximos anos – superando aluguel.
Com dinheiro em caixa e mercado jogando a favor, a Movida esbarra na crise do setor automotivo – que sofre com a falta de componentes e provocou a paralisação de fábricas brasileiras – para colocar em prática o plano de expansão da frota. Por outro lado, a combinação de poucos veículos novos e alta demanda favoreceu outra negócio da empresa: a venda de veículos seminovos.
Como consequência da pandemia e de questões macroeconômicas, o segmento de seminovos teve alta nos preços nos últimos meses – puxados, principalmente, pela inflação e pela valorização dos zero-quilômetro. Com isso, a Movida viu o ticket médio dessa frente crescer e, atualmente, emplaca por mês o que, em tempos de normalidade, levaria um trimestre para conseguir vender.
Como está a concorrência
A fusão da Localiza e da Unidas, principais concorrentes da Movida, recebeu parecer favorável da Superintendência-geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) – mesmo que isso esbarre em desinvestimentos com a venda de ativos a empresas rivais. Caso realmente seja firmada, a negociação poderá concentrar o mercado de locação em apenas duas companhias.