Como a Vamos fará para crescer 200% em três anos

Integrante da holding Simpar (SIMH3), a Vamos (VAMO3) é exceção no mercado. Ao contrário da maior parte das empresas que chegaram à Bolsa nos últimos três anos, a companhia conseguiu gerar valor aos acionistas: são mais de 70% de valorização das ações desde o IPO (oferta pública inicial de ações), realizado em janeiro de 2021.

Na TradeLive desta semana, o CFO da Vamos, Gustavo Moscatelli, explicou como a companhia tem feito para entregar os resultados esperados pelo mercado.

Como a Vamos fará para crescer 200% em três anos

No segundo trimestre deste ano, a Vamos teve um lucro líquido recorde de R$142,5 milhões, 42,4% superior ao mesmo trimestre do ano passado. A receita líquida, por sua vez, atingiu R$1,19 bilhão, 80,1% maior do que o reportado 12 meses atrás.

Fundada há mais de 20 anos, a companhia representa a ascensão da indústria de locação de veículos no Brasil. Atualmente, a companhia tem 33.940 ativos na frota, e a ideia é atingir a marca de 100 mil até 2025.

Diferentemente das locadoras de veículos leves, o modelo de negócio prevê que a empresa feche 100% de seus contratos com empresas. Os contratos duram aproximadamente cinco anos e, após a devolução dos veículos, eles são direcionados para revenda. Ao longo dos 60 meses, a Vamos recebe cerca de 162% do valor investido no caminhão ou na máquina.

Na entrevista concedida à Agência TradeMap, Moscatelli reiterou que o contexto macroeconômico conturbado no Brasil não irá mitigar o crescimento da companhia, que continuará apresentando alto Capex, com a aquisição de novos ativos, para que a consolidação do mercado fique mais próxima.

Segundo o executivo, no Brasil cerca de 1% dos caminhões operados por empresas são locados, sendo que em mercados desenvolvidos, como Estados Unidos e Europa, essa proporção é de aproximadamente 25%. Neste segmento, a Vamos tem market share acima de 80% e não enxerga riscos concorrenciais relevantes.

Vamos continuará com ritmo acelerado de aquisições?

No dia 30 de junho deste ano, a Vamos possuía R$ 2,77 bilhões em caixa e aplicações financeiras. O montante cresceu 709,9% em 12 meses, velocidade maior do que a dívida bruta.

O valor em disponibilidades da companhia é suficiente para arcar com o endividamento até 2025, sendo que o prazo médio da dívida é de 7,4 anos, ao custo médio de 11,58% líquidos.

A folga financeira da empresa no cenário de fragmentação do mercado faz com que a possibilidade de consolidação seja presente na Vamos. No fim de 2021, a companhia comprou a HM Empilhadeiras por R$ 150 milhões, e em março deste ano, 70% da Truckvan, fabricante de implementos rodoviários, por R$ 84 milhões. Desde o IPO, foram realizadas compras.

O CFO da Vamos se diz confortável com o nível de alavancagem financeira atual da empresa, de 3,3 vezes o Ebitda dos últimos 12 meses. Por conta das proteções que tem, a empresa, inclusive, poderia contrair mais endividamento para financiar seu crescimento. Clique aqui e acompanhe a entrevista completa!

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