Procura por serviço de transporte por motos faz vendas do veículo disparar

Mesmo carente de regras, o mercado existe, cresce e chama a atenção de locadoras de veículos, que são as maiores compradoras de veículos zero quilômetros.

 

A venda de motocicletas no Brasil deu um salto em 2023 e indica a consolidação da escolha das motos para lazer ou trabalho – sobretudo –, em detrimento do transporte público. Nos dois primeiros meses do ano, alta de 28,1% em comparação com mesmo período de 2022. Foi o melhor início de ano desde 2013, comemora a Abraciclo, Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares.

“Apesar do menor número de dias úteis devido ao Carnaval, todas as unidades fabris operaram normalmente em fevereiro e aceleraram o ritmo de produção”, afirma o presidente da Abraciclo, Marcos Fermanian.

Praticidade e custo baixo mantém compradores fiéis, como Robson Souza Oliveira. “Não tem comparação com o custo do carro. Não troco por nada, sempre utilizei e agora ganho dinheiro fazendo transporte por aplicativo na moto”, conta.

O aumento desse tipo de serviço é uma das razões para a disparada nas vendas. O serviço ainda não é regulamentado em Belo Horizonte e segue regras que se aplicam ao transporte por aplicativos em carro, previstas no decreto 16.832/18, da PBH.

Mesmo carente de regras, o mercado existe, cresce e chama a atenção de locadoras de veículos.

Essas empresas são os maiores compradores de veículos zero quilômetros no Brasil. Foram responsáveis por 33,6% de todas as unidades novas emplacadas ano passado. No caso das motos, crescimento ainda maior: 275%, na comparação com 2021, pois demanda para locação não falta. Atualmente, segundo a Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis (ABLA) 43.256 unidades estão disponíveis para os locatários.

Vantagem

Não é difícil encontrar motoristas de aplicativo que trocaram o carro pela moto na hora de oferecer este tipo de serviço. É o caso de Rodrigo Albino, que em fevereiro assumiu uma motocicleta como instrumento de trabalho. “Já trabalhei como motoboy e tenho carteira de moto, mas nos últimos anos estava dirigindo carro no aplicativo. Mas os custos menores e o aumento de viagens por motos me motivaram a arriscar a mudança”, conta.

Segundo ele, os ganhos dirigindo carros eram bons. Mas, fazendo as contas, a quantidade de viagens de moto, mesmo sendo de menor valor, aumentariam os ganhos, na avaliação dele.

As motos mais compradas no Brasil são as de modelo “street”, feitas para circular nas cidades. A maioria com baixa ou média cilindrada, que correspondem a 82,5% do mercado. Porém, houve incremento também nas vendas dos modelos de grande porte.

“A compra de modelos de média cilindrada cresceu 42,5% em um ano, enquanto a de alta cilindrada aumentou 11,5%”, explica Fermanian, da Abraciclo, indicando alta também entre aqueles que utilizam motos para o lazer.

Para este ano, a estimativa da Abraciclo é que a produção totalize 1,55 milhão de unidades. O que corresponde a crescimento de 9,7% na comparação com o ano passado.

Na contramão

Por outro lado, o emplacamento de automóveis tem registrado seguidas quedas. Na comparação entre fevereiro de 2023 e o mesmo mês do ano passado, a redução de carros novos em circulação chegou a 4,2%, segundo levantamento da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).

O carro continua sendo o veículo mais presente na vida do brasileiro. Representa 48,7% de todos os automóveis circulando emplacados no Brasil. Mas a quantidade de motos deu um salto e passou de 36,4% para 41,1%, conforme aponta Boletim da Fenabrave.

Fonte: hojeemdia.com.br

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