Gargalo na indústria faz locadoras prolongarem uso da frota atual

Dificuldades na indústria causadas pela pandemia de Covid-19 impedem renovação de frota

 

A falta de componentes na indústria automotiva brasileira não afeta apenas concessionárias. Locadoras e serviços de car sharing também estão tendo dificuldades para substituir os modelos de suas frotas, e executivos do setor já trabalham com a possibilidade de prolongar o uso de veículos que já estão rodando.

Segundo a Solution4Fleet, empresa de soluções para locadoras e companhias de mobilidade, um veículo pode durar entre 5 e 18 meses na frota em condições normais. Com o gargalo de produção nas fábricas, locadoras e outras empresas do ramo prolongaram a substituição dos carros para um período entre 17 e 24 meses.

“As locadoras buscam alternativas, como estender a idade média das frotas, mudar a oferta de modelos de veículos a fim de conseguirem viabilizar a substituição de parte da frota – mesmo que não sejam os modelos mais desejados pelo público – ou até mesmo realizar a aquisição de outra locadora que possua uma frota mais nova.”, diz André Ricardo Vieira, CEO da Solution4Fleet.

Em serviços de car sharing como o Turbi, o tempo para a substituição de veículos da frota é de dois anos. Segundo Diego Lira, CEO e cofundador da Turbi, os modelos do serviço têm idade média de oito meses, portanto, não serão impactados pelo gargalo da indústria em um primeiro momento.

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Como ficam as locadoras e empresas de car sharing com a entrada de fabricantes no setor de carros por assinatura?

Locadoras e serviços de car sharing ganharam fortes concorrentes nos últimos meses: as próprias fabricantes de automóveis, em serviços de carro por assinatura . Praticamente todas as grandes montadoras, com poucas exceções, disponibilizam veículos por períodos entre 12 e 24 meses com assistência técnica, seguro e revisões incluídas no serviço.

No entendimento da Solution4Fleet, a entrada de montadoras no ramo reforça o conceito da locação. “Dessa forma, pessoas que nunca pensaram na locação começam a considerar essa possibilidade”, avalia André Ricardo. “Mas considero que as locadoras têm um DNA de serviço. Elas já nasceram formatadas para atender este público, o que faz com que elas se destaquem nesta categoria perante as montadoras.”

Já a Turbi não vê serviços de carros por assinatura como rivais diretos. “São propostas bastante diferentes. No car sharing, a proposta é viabilizar o uso do carro com pagamento por tempo de uso, sem a necessidade de aquisição ou posse exclusiva do veículo. Entre os carros por assinatura, o cliente paga uma mensalidade para uso integral, terceirizando apenas a parte burocrática”, diz Diego Lira.

“Acreditamos que as montadoras estão atentas ao cenário do mercado de busca pelo uso de veículos em contraponto à posse. Em pesquisa realizada em abril, identificamos que 74% das pessoas veem hoje carros como serviço, e não como um bem. Desta forma, as montadoras estão se adequando à demanda dos clientes”, avalia o executivo.

Fonte: Carros IG

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